Alunos com deficiência visual contam com atendimento especial na rede municipal de ensino. Além do acompanhamento de um professor auxiliar durante as aulas, eles realizam atividades extras no contraturno, duas vezes por semana.
A Ana Luiza é uma das crianças assistidas da Educação Especial. Aos seis anos, totalmente cega, ela cursa o 1° ano na Escola Municipal Joaquim de Brito Paranaguá. A cegueira não é um fator limitante para Ana. “Ela lê, faz continhas, acompanha todas as atividades da turma, é muito ativa e inteligente. Geralmente é a primeira a responder quando o professor faz qualquer pergunta na sala”, comentou Núbia Pinheiro, professora auxiliar da menina.
Uma exposição dará à comunidade a oportunidade de conhecer os materiais pedagógicos utilizados no processo de ensino destes alunos especiais. Realizado pela equipe da Escola Municipal Léia Raquel, o evento será nesta segunda-feira, 23, das 15 às 18 horas, no Neblina Shopping.
Núcleo de Apoio
A inclusão destes alunos é possível graças à atuação do Atendimento Educacional Especializado (AEE), por meio do Núcleo de Apoio Pedagógico aos Deficientes Visuais de Araguaína, que funciona na Secretaria Municipal da Educação.
É a equipe do núcleo que realiza diariamente a adaptação das atividades pedagógicas que serão realizadas pelos 43 alunos cegos ou com baixa visão atualmente atendidos.
O núcleo recebe dos professores as atividades que serão aplicadas em sala de aula e confecciona sua versão em braile ou, no caso de imagens, com o uso de relevo tátil a partir do uso de materiais diversos como barbantes, miçangas, fitas, tecidos, trabalho artesanal que exige dedicação, tudo para garantir que os alunos deficientes visuais possam compreender as formas.
Prova Brasil
As turmas do 5° ano, série ofertada na Rede Municipal de Ensino, se preparam para as avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), a antiga Prova Brasil, que serão realizadas no período de 21 de outubro a 1° de novembro.
Entre os preparativos, os alunos passam por três simulados das provas, atividade que também foi adaptada para ser realizada por aqueles com deficiência visual. “São dois alunos com baixa visão e uma aluna totalmente cega nas turmas de 5° ano. Adaptamos o simulado para que eles também possam fazer”, comentou a diretora do AEE, Ana Paula de Oliveira.