A greve dos professores da rede estadual de ensino vai continuar. A categoria está paralisada desde o dia 24 de março e decidiu manter o movimento durante Assembleia Geral, realizada na manhã desta quinta-feira (10) em Palmas (TO). Mais de 180 mil alunos estão sem aulas.
A categoria cobra, entre outras reivindicações, o pagamento retroativo das progressões 2012 em parcela única.
De acordo com os professores, a Medida Provisória (MP) nº 11/2014 contempla apenas uma das reivindicações da categoria. A MP apenas equipara o salário do Professor Normalista (Prono) ao de Professor da Educação Básica (Proeb) e cria o cargo de Assistente Técnico em Educação para funções administrativas com provimento através de concurso público.
Os professores normalistas são aqueles que ingressaram na carreira com nível médio (antigo magistério) e posteriormente progrediram com a conclusão de curso superior, mas mesmo assim recebiam um salário cerca de 20% menor que o professor da Educação Básica. Com a medida provisória, não haverá mais esta diferença. Todos vão receber R$ 3,2 mil por 40 horas de trabalho semanal. Segundo o Governo do Estado, a Medida provisória beneficia 3.246 professores efetivos.
O Sindicato quer também um prazo maior para que a MP seja votada pelos deputados na Assembleia Legislativa. O objetivo é analisar o documento de forma detalhada e propor algumas alterações, como a inclusão da gestão democrática para a eleição direta nas escolas.