Centenas de professores da rede estadual de ensino saíram às ruas de Araguaína (TO) nesta sexta-feira (12) em protesto contra a gestão do Governo do Estado, que retirou benefícios e ainda não abriu espaço para diálogo em relação à pauta de reivindicações da categoria, em greve desde o dia 05 de junho. Os profissionais percorreram a principal avenida comercial da cidade, a Cônego João Lima, com carro de som, cartazes e faixas esclarecendo a população sobre os motivos da paralisação.

Entre as reivindicações estão o pagamento em parcela única da data-base de 8,34%; pagamento do retroativo das progressões 2013 e 2014, publicação das progressões 2015, além de reajuste com base no custo aluno (Fundeb de 13,01%).

O movimento cobra também a revisão da decisão que impede a equiparação entre professores normalistas (Prono) e professores da educação básica (Proeb), que foi uma das conquistas da greve de 2014.

Outro item que está na pauta é a situação dos pedagogos. Com a municipalização das séries iniciais, esses profissionais ficaram sem locação. A categoria quer ainda a eleição de diretores de forma democrática e sem pré-seleção de candidatos, bem como o enquadramento dos servidores administrativos para o quadro da Secretaria de Educação.

90% das escolas em Tocantins estão fechadas e mais de 200 mil alunos sem aula desde a última sexta-feira (5). Cerca de 20 mil professores aderiram à paralisação. Mas o Governo questiona esse número. Segundo a Secretaria de Educação, apenas 35% das escolas estaduais estão fechadas.

A categoria reclama que até agora não conseguiu dialogar com o novo governo de Marcelo Miranda (PMDB).  Já o porta-voz do governo, secretário estadual de Administração, Jeferson Barros, disse que a pauta de reivindicações dos professores é extensa e o governo não tem como atender todos os itens.

Os professores prometem retornar às aulas somente depois de terem atendida toda a pauta de reivindicações. A greve é por tempo indeterminado.