Redação

Os professores da rede estadual do estado se reuniram em assembleia na tarde desta quarta-feira (5) em Palmas e votaram pela continuidade do movimento grevista. A greve foi deflagrada há sessenta dias e segue sem acordo com as propostas encaminhadas pelo governo. Nas contas da Seduc, das 531 escolas da rede, 196 delas permanecem em greve.

A assembleia geral da categoria ocorreu no Rancho Bahia, em Palmas e de lá os professores partiram até o Palácio Araguaia, onde fizeram ato público.

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (SINTET), o governo precisa cumprir as reivindicações, e principalmente, se comprometer com a valorização do Educador e da Educação.

Segundo o Sintet, as reivindicações da categoria são oriundas da greve da categoria em 2014. Dentre as principais cobranças estão as progressões 2013; Progressões 2014; Progressões 2015; Equiparação PRONO e PROEB; Reajuste com base no custo/aluno do FUNDEB de 13, 01%; Solução imediata para os pedagogos que com a municipalização das séries iniciais estão com carga horária e lotação comprometidas; Eleição de diretores; Enquadramento dos administrativos no PCCR e o Realinhamento de carreira.

Seduc quer acabar com a greve

Ainda na tarde de hoje, o secretário da Educação, Adão Francisco Oliveira, concedeu entrevista coletiva e afirmou que Secretaria chegou ao limite ao elaborar a última proposta apresentada aos trabalhadores.  Adão destacou que a Secretaria tomará as medidas cabíveis para acabar com a greve.

Teremos uma reunião com as nossas equipes técnicas e, posteriormente, com a Procuradoria Geral do Estado, para verificarmos todas as medidas administrativas e legais para que esta paralisação acabe”, destacou.

De acordo com o gestor, as propostas protocoladas junto ao Sintet, foram elaboradas dentro da capacidade do Estado em arcar com a sobrecarga na folha de pagamento. Na última proposta, o governo propôs pagar 8,34% da data-base em duas parcelas já a partir do mês passado. Na proposta estava contemplado, ainda, as progressões de 2013 e 2014, além dos passivos gerado por elas, que somam mais de R$ 21 milhões. 

Adão voltou a afirmar que levantamento da Seduc apontou que a paralisação dos professores atinge menos da metade das escolas tocantinenses. Segundo a pasta, 55% das unidades escolares estaduais retornaram às atividades total, ou parcialmente.

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