Uma profissional de saúde que atua no Hospital Regional de Araguaína entrou em contato com o AN para relatar a insatisfação dos técnicos de enfermagem com a carga horária da unidade.
Por medo de represálias, a profissional preferiu não se identificar. Ela afirma que os contratados emergencialmente na pandemia fazem escala de 13 plantões (de 12 horas) por mês. O problema é que três escalas são do tipo “dobradinhas”, quando o profissional trabalha por dois plantões seguidos.
“São dois dias seguidos. Você trabalha doze horas. Vai embora, dorme e vem no do dia seguinte e faz mais doze!”. Acrescentou ainda que falta insumos básicos no hospital. “Não tem máscara, não tem esparadrapo. Tem paciente e muito trabalho!”. Protestou.
Segundo a profissional, a sequência de plantões é considerada abusiva, tendo em vista o salário de 1.200 reais, em tempos de pandemia em um hospital lotado.
“Horrível, super pesado e cansativo. E ficamos muito sobrecarregados com medo e ansiedade. Hospital não dá suporte. Tumultuado de estudante de medicina, não mantemos o distanciamento. Os técnicos de enfermagem estão abalados emocionalmente”. Relatou a profissional.
A profissional defende que os técnicos de enfermagem podem cumprir os 13 plantões do mês sem a necessidade de "dobradinhas" e pediu providências da direção.
O que diz a SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informo que “a realização da quantidade de plantões, nas unidades hospitalares geridas pelo Executivo Estadual, seguem orientações administrativas da Superintendência de Gestão Profissional e Educação na Saúde (SGPES), baseadas nas legislações vigentes, respeitando as particularidades de cada categoria contratada”.
Sobre falta de insumos, a SES destacou que “todas as unidades geridas pela Pasta estão abastecidas para atendimento das demandas de rotina”.