Imagina poder fazer compras num espaço inovador, integrado com a natureza e as mais modernas tecnologias. Ambiente agradável onde se possa adquirir produtos de forma rápida, e se preferir, sem contato com vendedores. Ou ainda, optar pelo atendimento com consultores de venda que o ajudará na escolha das melhores soluções. 

Com a proposta de um “celeiro do futuro”, o projeto de loja conceito da Agrominas, empresa genuinamente araguainense do ramo agropecuário, foi vencedor do prêmio Retail of Tomorrow 2020 (Varejo do Amanhã 2020, tradução livre), concedido pelo Retail Design Institute Brasil. 

O projeto arquitetônico da Loja Conceito da Agrominas é assinado pelo arquiteto Attilio Rondinelli, do escritório Total Varejo. A proposta da loja foi feita em parceria com o empresário da Agrominas, Renato Borghetti. A premiação internacional deu direito aos criadores a apresenta-lo na Global Retail Show 2020, evento online internacional realizado na última terça-feira (15). 

O projeto de loja conceito venceu na categoria “Ambientação e Experiência do Consumidor”, que tem como pilares arquitetura e ambientação, experiência do usuário e operação de loja. 

O mesmo escritório projetou a loja da Agrominas de Araguaína, que já conta com conceitos modernos e ambientação focada na boa experiência de compra do consumidor. Também está à frente da nova loja em Colinas do Tocantins, com previsão de inauguração no mês de novembro deste ano.
 
“É um projeto conceito, não necessariamente será executado. Más, é um conceito que serve de base para as próximas lojas. Inclusive, estamos abrindo nova loja moderna em Colinas, na Av. Bernardo Sayão, no centro". 

Para Renato, a experiência de criar a loja conceito leva a reflexão do que se espera  de varejo de futuro.

Por dentro do projeto  

Durante o evento do Global Retail Show, o arquiteto Attilio Rondinelli apresentou os detalhes do projeto de uma Agrominas 4.0. Também comentou sobre os desafios de aproximar a tecnologia para o campo de forma prática e simples.  

“A Agrominas é uma loja de produtos agropecuários e tem como objetivo atender o produtor local, o pecuarista. Nosso celeiro do futuro, toda essa arquitetura foi pensada para que ele se sentisse dentro de uma fazenda e sem deixar de pensar na tecnologia”. 

Ambientação

Segundo Rondinelli, o projeto recebeu elementos de madeira, o verde e tons de terra. A ideia é proporcionar experiência de paz ao consumidor durante a compra, reforçar a importância do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, que estão em alta. 

Ao entrar na loja, o cliente passa por uma porta automática e totens que identificam o caminho. O projeto trouxe um paisagismo no teto, feito em colmeias de madeira.  A ideia é que sejam usadas placas solares com sistema translúcido, que além de captar energia solar, consegue fazer com que as plantas no teto realizem a fotossíntese. 

Conforme o arquiteto, a proposta conta com estufa onde toda captação de água da chuva pode ser destinada para irrigação do paisagismo aéreo dentro da loja. E pensando nos carros do futuro, conta ainda com ponto para abastecimento de carro elétrico. 

O projeto traz prateleiras com espécie de jardim no topo. Foi criado um sistema de gôndolas pneumática em que a reposição é feita no subsolo. “Esse cliente aperta o botão, ela (gôndola) abaixa, tornando um paisagismo natural. A reposição é feita pelo subsolo, quando ele aperta o botão de novo, essa gôndola pneumática sobe já abastecida”. 

Operação da loja

Conforme o arquiteto, a ideia do projeto é dar ao cliente a opção de realizar suas compras de forma presencial ou online. A loja foi dividida em duas partes: uma totalmente autônoma e outra com atendimento presencial. 

“Você pode fazer a compra de maneira mais rápida. 50% dos produtos da loja poderão ser feitos sem contato físico com nenhum repositor. A loja está com sistema RFID. Então ele (consumidor) passa por uns scanners. Toda a compra é digitalizada e passa por um toten. E esse toten é como um de estacionamento, você faz a compra e paga com cartão de crédito e o troco é automático”. 

“A ideia é facilitar a venda. Não precisamos de nenhum pré-cadastro. A tecnologia aqui não é inibidora. Esse cliente é conservador.” Concluiu.