Com o objetivo de promover a capacitar os professores da rede estadual para realizarem pesquisas científicas envolvendo a comunidade escolar, a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) está desenvolvendo um projeto piloto que visa aproximar a comunidade escolar das práticas de pesquisa científica relacionadas ao cotidiano da escola e das problemáticas que atingem também a comunidade escolar e local.
Escolas participantes
Integram o projeto Alfabetizção Científica e Tecnológica no Ambiente Local, a Escola de Tempo Integral Raquel de Queiroz, Escola Estadual de Tempo Integral Vila União, Escola Estadual Beira Rio, Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) e Escola de Tempo Integral Augusto dos Anjos.
A execução do projeto de Alfabetização Científica e Tecnológica é realizada pela Seduc através dos setores de currículo, formação continuada e tecnologia. Cerca de 20 servidores da pasta entre mestres, doutores e especialistas de áreas diversas que atuam como formadores e pesquisadores participam do projeto.
“A intenção é formar os professores, progressivamente, para que eles tenham condições de desenvolver pesquisas com os alunos e que isso se estenda à população local. É um suporte teórico que vai auxiliar os professores e depois os alunos a conduzir pesquisas que ajudem a comunidade a resolver, por meio da pesquisa científica, problemas que atingem a população daquele lugar”, relata o técnico da diretoria de ensino médio da Seduc, José Ramiro Lamadrid.
A formação tem duração prevista de cinco meses com encontros presenciais, de quinze em quinze dias, além de atividades permanentes por meio da plataforma virtual Moodle. “Nesse intervalo dos encontros o professor tem acesso ao material de estudo que foi construído pela equipe da Seduc. São textos, atividades, fóruns de discussão, material didático, além de links para vídeos afins”, explica a coordenadora do setor de formação continuada da Seduc, Alessandra Camargo.
De acordo com a coordenadora Alessandra, o número de professores inscritos na formação para o projeto de Alfabetização Científica superou as expectativas iniciais. A estimativa da Seduc era de uma participação de até quatro professores por unidade escolar participante, mas este número chegou a 18 em algumas escolas. “Antes de iniciarmos fizemos a apresentação prévia do piloto para as escolas para sondarmos a aceitação entre os professores. Acreditamos que essa adesão tão significativa é devido a uma demanda que ainda não havia sido suprida na área a formação científica e que a Seduc pretende ofertar aos educadores da rede estadual”, frisou.
O projeto já conta com colabores de outros estados como Minas Gerais e Santa Catarina além de um pesquisador de Cuba.