A ordem desocupar nesta quinta-feira (27) a Escola Estadual Dona Filomena, em Miracema (TO), partiu do Promotor de Justiça Vilmar Ferreira de Oliveira. Além disso, ele mandou a PM algemar estudantes que resistiam à desocupação. As informações foram confirmadas pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo nota do órgão, o promotor decidiu iniciar a desocupação após a diretora da Escola informar ao MPE (em 27/10) que recebeu ameaça de morte por parte de "aliciadores de estudantes". O MPE diz ainda que "pessoas com coletes da CUT e servidores da UFT adentaram à escola para comandar a ocupação". E que na quarta feira "servidores da escola" foram mantidos em situação de cárcere privado.
O MPE informou que ao receber estas informações o promotor tentou diálogo com os estudantes para desocupar a escola. Mas como não obteve sucesso, ordenou à PM que retirasse os manifestantes da unidade escolar.
"Diante da resistência de alguns estudantes em desocupar o imóvel e com o objetivo de resguardar a integridade física dos próprios alunos, o Promotor de Justiça ordenou que a autoridade policial contivesse com o uso de algemas dois estudantes que se recusavam a deixar o Colégio," justifica a nota do MPE.
Durante a desocupação, segundo o Sintet, ao menos 26 pessoas foram detidas e levadas para a delegacia de Miracema. Entre elas, estão acadêmicos da UFT e estudantes secundaristas que protestavam contra a PEC 241, ocupando a escola.
O MPE informou ainda que, a pedido do promotor, quatro PMs fazem a segurança da diretora e de servidores da escola. Disse ainda que " uma grande quantidades de alunos e familiares protestavam do lado de foram cobrando a liberação da unidade escolar para que as aulas fossem retomadas."