A ASM é responsável pela administração das UTIs nos hospitais públicos do Estado em Palmas, Araguaína, Gurupi, Augustinópolis.
Foto: Divulgação/SES-TO

Em áudio divulgado neste sábado, 7, a presidente da Associação Saúde em Movimento (ASM), Ana Claúdia Mendonça Vitti, admitiu calote aos profissionais que trabalham de forma terceirizada nos hospitais da rede estadual do Tocantins. 

A ASM é responsável pela administração das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) nos hospitais públicos do Estado em Palmas, Araguaína, Gurupi, Augustinópolis e Maternidade Dona Regina, em Palmas.  

Nos últimos dias, profissionais que trabalham na terceirizada reclamaram do atraso salarial e demonstravam preocupação com a situação. Em razão disso, no último dia 4, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) pediu na Justiça o bloqueio de R$ 1,1 milhão nas contas do Estado para garantir o pagamento aos terceirizados. 

Além disso, na última sexta feira (5), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou o bloqueio de R$ 5,6 milhões nas constas da ASM. A ação foi movida pelo grupo Medic/MedPlus.  

De acordo a ASM, os recursos pagos pelo Estado do Tocantins, que seriam destinados ao pagamento de salário dos profissionais da terceirizada, ficaram bloqueados na Justiça. 

Diante disso, a presidente da ASM, Ana Claúdia Mendonça Vitti, divulgou um áudio no sábado em um grupo de WhatsApp formado por profissionais da saúde no Tocantins comentando sobre a situação. 

A presidente considerou indevido o bloqueio do TJ-SP, chamando-o de “pilantragem”. Lamentou, que apesar dos esforços, conseguiu pagar apenas alguns e admitiu calote.

"Entrei com petição, fui ao juiz, fui à desembargadora. Mas só tomei chumbo! Por quê? Não sei. Justiça poderia ter sido feita. Mas não está sendo feita. E aí não vou conseguir pagar vocês". Disse, Ana Claudia ao admitir calote, complementando. 

"A quem eu paguei, glória a Deus. A quem eu não consegui pagar, não posso dizer a vocês mais nada. Sei que vocês estão irados, concordo. É comida, é salário". Lamentou a presidente da ASM, dizendo que não vai baixar a guarda.

"Só vou baixar a guarda quando definitivamente apagar a luz da minha associação. Porque eu sei, que aí em Tocantins, tem muito bandido. Mas, enquanto eu tiver força, vou desmascarar um por um". Finalizou Ana, se despedindo com “um forte abraço”.