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Seagro comemora safra recorde de milho com previsão de colher mais de 2 milhões de toneladas

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o ciclo 2024/2025 apresenta uma área plantada de 405 mil hectares

A supersafra de milho fortalece a posição do Tocantins como um importante player nacional na produção de grãos
Foto: Wilson Rodrigues

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), comemora um marco histórico para a agricultura tocantinense: a maior produção de milho segunda safra já registrada no estado.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o ciclo 2024/2025 apresenta uma área plantada de 405 mil hectares, resultando em uma produção estimada de 2,12 milhões de toneladas. Esses números superam o recorde anterior da safra 2022/2023, que teve 373 mil hectares plantados.

O engenheiro agrônomo da Seagro, Thadeu Teixeira Júnior, destaca que o bom desempenho é resultado de um conjunto de fatores. “Tivemos um clima extremamente favorável ao longo do ciclo produtivo, com boa distribuição de chuvas e temperaturas adequadas, especialmente nos momentos críticos como a floração e o enchimento dos grãos. Além disso, os produtores investiram em sementes melhoradas, fertilizantes de alta performance e tecnologias de manejo mais eficientes e sustentáveis”, enfatiza.

O engenheiro explica que, mesmo com o volume expressivo já registrado, entre 20% e 30% da produção de milho segunda safra ainda permanece no campo, devido à logística de armazenamento.

“A safra de soja ainda está ocupando grande parte dos armazéns no estado, o que tem impactado no ritmo da colheita do milho”, pontua.

Resultados

Além de impulsionar a economia e gerar empregos, a supersafra de milho fortalece a posição do Tocantins como um importante player nacional na produção de grãos. Outro reflexo direto desse desempenho será observado com a entrada em operação da primeira usina de etanol de milho do estado, prevista ainda para este ano no distrito de Luzimangues, no município de Porto Nacional.

A unidade terá capacidade de absorver parte da produção local e, conforme o engenheiro agrônomo Thadeu Teixeira Júnior, deve estimular não apenas a industrialização do milho, mas também outras cadeias produtivas.

“A usina também produzirá DDG [Dried Distillers Grains], subproduto utilizado na alimentação animal, o que é um ganho significativo para a pecuária tocantinense”, reforça o profissional.

Com os resultados, o Governo do Tocantins segue comprometido em apoiar e fortalecer o setor agropecuário, que tem se mostrado um dos grandes motores do desenvolvimento econômico do estado. A expectativa, de acordo com projeções técnicas, é de que a safra total de grãos continue em trajetória de crescimento nos próximos ciclos.