
As revelações do médico Luciano Castro, Sócio do Hospital Osvaldo Cruz, causou grande repercussão no último final de semana. Diante disso, na última terça-feira (20) o deputado Júnior Geo (PROS) propôs a CPI do PlanSaúde para investigar o suposto esquema de propina.
Entretanto, das oito assinaturas necessárias para abrir a CPI, o deputado havia conseguido apenas uma, a dele. Ciente da derrota, Geo desistiu da ideia e propôs a convocação do Secretário da Administração do Tocantins, Edson Cabral e do Plansaúde, Ineijaim José Brito Siqueira.
O requerimento de convocação teve assinatura de 15 deputados e foi aprovado pela Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira, 21. Ao barrar a CPI, o Governo mostra sua força na AL, onde tem apoio de 23 dos 24 deputados, que se movimentaram nos bastidores.
No último final de semana, o médico Luciano Castro, em conversa telefônica com o jornalista Guimarães, fez graves acusações. A conversa, em que ele pede sigilo da fonte, foi vazada e o áudio veio a público causando assim repercussão em todo o Estado.
O médico afirmou ter um suposto esquema de cobrança de propina no percentual de 23% dos prestadores de serviços ao PlanSaúde e cita nomes do alto escalão do Governo do Estado. Desse percentual, segundo o médico, 3% seria para o pagamento do imposto da nota fiscal.
Luciano já foi candidato em Palmas, mas não conseguiu ser vitorioso. A acusação veio a púbico após o seu hospital, o Osvaldo Cruz, deixar de prestar serviços ao PalnSaúde. O caso já está sendo apurado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO) e também foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPE).
O outro lado
Em nota, a Secretaria da Administração (Secad) informou que o Plansaúde encontra-se em um processo de transição e modernização para melhor atender seus usuários. Em relação ao áudio do médico com as acusações, a Secad pediu que o denunciante apresente as provas.
"Frisamos que os denunciantes precisam apresentar as provas à Justiça para que o Governo tenha a condição de utilizar o seu direito do contraditório, caso contrário passam a ser denúncias vazias, de rede social, apenas para tumultuar o processo de organização da gestão do Estado, inclusive do Plansaúde" informou em nota.