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Sem avanço no PCCR, Sintet convoca paralisação de professores para dia 1º de outubro

Sem avanço no PCCR, Sintet convoca paralisação de professores para dia 1º de outubro

Para o Sintet, o PCCR não é pauta de governo, mas política de Estado
Foto: Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) decidiu, em reunião da diretoria nesta quinta-feira (25/9), convocar uma paralisação estadual para a próxima quarta-feira (01/10), se o governo não apresentar um posicionamento concreto sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). A expectativa é que o Executivo se manifeste na reunião remarcada para segunda-feira (29/9), no Palácio Araguaia.

Segundo o Sintet, a categoria não aceitará mais protelações. O sindicato exige que o governo estabeleça a data de envio do projeto à Assembleia Legislativa e assegure a implementação do novo Plano de Carreira com efeitos financeiros já a partir de setembro de 2025.

“Dialogamos, aguardamos o Estado se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas agora o governo precisa ser responsabilizado. O projeto está pronto, depende apenas de vontade política”, afirmou o presidente do Sintet, José Roque Santiago.

Entenda

Na última terça-feira (23/09), dirigentes do sindicato foram à Casa Civil cobrar celeridade na tramitação do PCCR. A expectativa era uma reunião conjunta com a Secretaria de Educação (Seduc), mas o encontro foi adiado porque o secretário estadual de Educação, Hércules Jackson, foi chamado a Brasília para uma reunião emergencial no Ministério da Educação (MEC).

O governo reagendou a reunião para sexta-feira (26/9). Ainda no mesmo dia, o Sintet se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres, e com os parlamentares Gutierres Torquato e Marcus Marcelo, pedindo apoio para que o projeto seja votado imediatamente após chegar ao Legislativo.

O impasse político

Com a posse interina do governador Laurez Moreira (PSD), após o afastamento de Wanderlei Barbosa (Repu), o novo governo informou que precisa reavaliar a pauta antes de tomar decisão. Para o Sintet, no entanto, não há mais espaço para postergação.

“O PCCR é direito da categoria e não pode ser mais uma vez adiado. É indispensável que o governo diga se vai enviar o projeto e quando isso será feito”, reforçou a direção do sindicato.

O sindicato cobra que o Executivo envie o projeto do novo PCCR para votação na Assembleia e garanta a implementação do plano com efeitos financeiros já a partir de setembro de 2025. Para o Sintet, o PCCR não é pauta de governo, mas política de Estado, indispensável para a valorização da carreira e a melhoria da qualidade da educação pública.