Fernando Almeida
Profissionais do Samu (Serviço Atendimento de Urgência) protestaram na manhã desta terça-feira, 20, em frente à prefeitura de Araguaína. A categoria reivindica melhorias salariais e o pagamento do adicional de insalubridade.
A manifestação pacífica foi realizada em frente à sede provisória da prefeitura de Araguaína (prédio alugado) na Av. José de Brito, Setor Anhanguera. “Chega de promessas.” “Não queremos favores. Buscamos nossos direitos,” diziam cartazes em posse dos manifestantes.
Comparações com Palmas
A categoria reclama da discrepância salarial entre os profissionais de Araguaína e Palmas. A exemplo um motorista do Samu em Araguaína recebe apenas R$ 1.047,00 e em Palmas o salário chega a R$ 1.999,00. Um técnico de enfermagem na capital econômica do estado (Araguaína) é remunerado com apenas R$ 1.251,00 e na capital política o ganho é de R$ 2.590,00. Os profissionais ainda cobram da prefeitura de Araguaína o adicional de insalubridade, que segundo eles, foi suspenso e equivale 50% valor do salário base (R$1.500,00).
“Só recebemos o salário base isso não é justo porque se o governo federal fala que nós temos direito nós temos que receber. Pra onde está indo esse dinheiro só pra uma categoria? Isso não é justo! (...) Aqui no Samu de Araguaína só duas categorias estão recebendo, os enfermeiros e os médicos, se o repasse vem pra todos, por que só duas categorias recebem?” questiona o técnico de enfermagem Rubercy Luiz Filho.
Cerca de 60 profissionais do Samu aderiram ao protesto, mas o serviço não foi suspenso, pois somente os que estavam de folga participaram. A cidade de Araguaína com mais de 160 mil habitantes possui apenas 3 viaturas do Samu em funcionamento, que por sua vez se encontram em condições precárias.
Segundo denúncia recebida pela reportagem, no último dia 6 de maio, data do acidente envolvendo uma Kombi escolar, faltou material básico para prestar socorro às vítimas, como gases e álcool, sendo preciso tomar emprestado da Pró-Saude. E o combustível estava sendo racionado, sendo que no começo do mês o abastecimento no posto foi cortado por falta de pagamento. Segundo a mesma denúncia, as diárias dos servidores que viajam também estão atrasadas.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Araguaína para pedir explicações, mas ninguém atendeu e nem retornou as ligações.