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SES identifica dois casos suspeitos de sarampo em Campos Lindos

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que foram registrados, na segunda-feira, 21, com amostras laboratoriais IgM reagente, analisadas pelo Laboratório de Saúde Pública do Estado do Tocantins (LACEN-TO), dois casos de sarampo, no município de Campos Lindos, a 299km de Palmas.

A SES-TO destaca que os casos registrados no Tocantins são o sexto e sétimo caso de sarampo no Brasil, em 2025, que já teve confirmações no Distrito Federal (1), no Rio de Janeiro (2), em São Paulo (1) e no Rio Grande do Sul (1).
Foto: Imagem ilustrativa

O primeiro caso trata-se de uma criança de quatro anos, sexo feminino, não vacinada, que teve contato com pessoas que estiveram em viagem por 30 dias, à Bolívia (onde já foram registrados 60 casos este ano) e o segundo caso, uma mulher de 29 anos, profissional de saúde, não vacinada.

Ambos manifestaram sintomas clássicos e estão em cuidados domiciliares. Outras amostras para confirmação definitiva dos casos foram enviadas para a referência em análise e confirmação da doença no país, o laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, sem prazo para a devolutiva. 

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Logo que teve conhecimento da suspeita de casos, na sexta-feira, 18, a SES-TO deslocou quatro profissionais de vigilância em saúde, para as ações de contenção necessária, como orientações de isolamento e vacinação dos contatos das pessoas confirmadas e na segunda-feira, 21, mais quatro técnicos foram para o município, juntamente com quatro profissionais do Ministério da Saúde (MS). Além disso, a Pasta enviará nota técnica aos 139 municípios e um informativo com todas as orientações necessárias às áreas de vigilâncias municipais.

A SES-TO destaca que os casos registrados no Tocantins são o sexto e sétimo caso de sarampo no Brasil, em 2025, que já teve confirmações  no Distrito Federal (1), no Rio de Janeiro (2), em São Paulo (1) e no Rio Grande do Sul (1).

A preocupação da Pasta se dá pelo sarampo ser uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente transmissível, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar.   

Ao ser contaminado, o paciente tem de sete a 14 dias de período de incubação e a transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento dos sintomas que compreendem corpo e febre alta, exantema maculopapular (manchas avermelhadas), tosse, coriza e conjuntivite. Podem ocorrer complicações como pneumonia, encefalite e óbito.

O sarampo tem prevenção por vacinação e na rotina dos serviços de saúde, todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade têm indicação para serem vacinadas e o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece gratuitamente, as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

Além das doses de rotina estabelecidas no Calendário Nacional de Vacinação, a imunização para o sarampo pode ser indicada para crianças de seis meses a menores de um ano, em localidades com o surto da doença. Adolescentes e adultos não vacinados ou com esquema incompleto contra o sarampo devem iniciar ou completar o esquema vacinal de acordo com a situação encontrada. 

No Tocantins, a vacina tríplice viral é a mais disseminada e teve cobertura vacinal em 2024, de 93% na primeira dose e apenas 80% na segunda e o preconizado é de 95% da população alvo imunizada. Em 2025, até o momento, 86% com a primeira dose e 55% com a segunda. Todas as mais de 300 salas de vacinação do Estado estão devidamente abastecidas com o referido imunizante.

Além da vacinação, o isolamento é outra forma de evitar a transmissão. Desta forma, a pessoa com suspeita ou confirmação de sarampo deve evitar a ida ao trabalho ou escola por pelo menos quatro dias, a partir da data de aparecimento do exantema, além de evitar o contato com pessoas que são mais vulneráveis à infecção, como crianças pequenas e mulheres grávidas.

Outras medidas para evitar a transmissão são:  limpeza regular de superfícies; isolamento domiciliar para a pessoa que estiver com suspeita no período de transmissão; distanciamento social em locais de atendimento de pessoas com suspeita da doença; cobrir a boca ao tossir ou espirrar e o uso de lenços descartáveis e higiene das mãos com água e sabão, e/ou álcool em gel.

Por fim, a SES-TO esclarece que não existe tratamento específico para o sarampo e os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. A orientação da SES-TO é procurar o serviço de saúde mais próximo, caso apresente os sintomas, para a prescrição médica adequada.