Em resposta ao MPF, que inquérito civil (nessa quarta-feira-15) com objetivo de apurar a existência de ações específicas de órgãos públicos frente a uma eventual introdução do vírus ebola no estado, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que a elaboração do plano está na fase final.
MPF apura se Tocantins possui um plano de ações contra o Ebola
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesau) esclarece que já está tomando as devidas providências para assistir e investigar possíveis casos de ebola que venham a ser identificados no Tocantins. Entre as medidas já providenciadas estão:
Definição do Hospital Geral de Palmas (HGP) como unidade hospitalar que atuará como referência estadual para casos suspeitos. A tal confirmação de referência já foi comunicada ao Ministério da Saúde;
Elaboração de plano de enfrentamento de casos de ebola no Tocantins. O plano já está em fase de conclusão;
Definição de fluxo interno de atendimento do HGP de pacientes suspeitos, conforme orientações e informações repassadas pelo Ministério da Saúde e Organizações Internacionais;
• Aquisição de caixa específica de transporte de amostras de sangue de pacientes suspeitos para análise;
Aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI) para utilização de profissionais de saúde do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que irão atuar no transporte de pacientes;
Abertura de processo de compra de equipamentos de proteção individual (EPI) para equipe de atendimento do HGP em regime emergencial;
Definição do fluxo de comunicação de casos suspeitos para o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Estadual que, por sua vez, realiza a comunicação do caso ao Ministério da Saúde e demais providências para investigação do caso suspeito e de monitoramento de contatos do caso por até 21 dias;
Estabelecido fluxo de comunicação permanente com Infraero, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde para repasse de informações e tomada de providências diante de casos suspeitos;
A Sesau esclarece ainda, que dentro dos critérios definidos pelo Ministério da Saúde para investigação de casos suspeitos, os possíveis pacientes que tiverem condições de saúde serão encaminhados imediatamente, do local que estiverem, para o hospital de referência nacional no Rio de Janeiro, indicado pelo Ministério da Saúde, que também será responsável pelo transporte aéreo do paciente.
Para os casos em que o paciente não tenha condições de saúde para realizar o transporte imediato, o fluxo de atendimento definido estabelece que o mesmo ficará em área de isolamento e acompanhamento contínuo no HGP até obter condições para o transporte para o hospital de referência nacional.
A Sesau, através da Diretoria de Vigilância em Saúde, ainda esclarece que a rede estadual de saúde, por pertencer a uma rede internacional de vigilância em saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), segue os protocolos estabelecidos no Regulamento Sanitário Internacional para garantir atendimento adequado e segurança ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) em qualquer município do Tocantins.
A Sesau ressalta que nenhum caso de Ebola foi confirmado no Brasil até o momento.