
Araguaína registrou redução no número de pessoas infectadas com Dengue no comparativo entre os períodos de janeiro a maio de 2024 e 2025.
Enquanto no ano passado foram contabilizados 274 casos da doença, neste ano o número caiu para 234, uma redução de quase 15%.
Entre as ações que contribuíram para essa diminuição está a instalação dos dispositivos do programa Aedes do Bem™, iniciado em novembro de 2024. A iniciativa utiliza uma ferramenta de biotecnologia para combater as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Os setores que receberam a tecnologia apresentaram uma queda total de 60% nos casos de Dengue, superando a média geral da cidade. Destacam-se o Bairro de Fátima, que teve redução de 91% (de 11 para 1 caso), e o Bairro São João, que registrou queda de 73% (de 15 para 4 casos).
Os dispositivos foram instalados nos seguintes setores: Rodoviário, Entroncamento, George Yunes, Bela Vista, Jardim das Palmeiras do Norte, Jardim Filadélfia, São João, Morada do Sol 2, Setor Urbanístico, Setor Vitória, Jardim Itatiaia, Setor Aeroporto, Parque Sonhos Dourados e Vila Nova.
“A avaliação dos primeiros seis meses de uso da tecnologia demonstra um resultado satisfatório. Tivemos redução do número de casos de Dengue em todos os bairros monitorados”, comemora Mariana Parente, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue.
Diante dos bons resultados, o prefeito Wagner Rodrigues reforça o pedido de colaboração da comunidade para preservar os equipamentos.
“Tivemos alguns casos de depredação das caixinhas do Aedes do Bem™ e eu peço: não façam isso. Esse dispositivo tem valor inestimável, pois representa vidas que podem estar sendo salvas”, destaca.
Responsabilidade da população e riscos
Apesar dos números positivos, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) alerta para o alto índice de focos do Aedes aegypti encontrados na cidade, conforme o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que mede o número de focos por residência.
No boletim realizado entre os dias 5 e 9 de maio, Araguaína atingiu o índice de 4,8%, considerado alto e que indica risco de epidemia, já que o índice máximo aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%.
Entre janeiro e maio de 2025, foram localizados 805 depósitos com Aedes aegypti na cidade. Desses, 633 focos (70%) estavam em residências, enquanto outros 19,5% foram encontrados em terrenos baldios.
Quanto ao tipo de recipiente, a maioria dos focos (54%) está em vasos e pratos, frascos com plantas e bebedouros de animais. Outros 25% estão em lixo e resíduos sólidos, e 14% em pneus e materiais similares.
“Esses dados alertam para a responsabilidade de cada cidadão em monitorar e evitar que esses recipientes acumulem água em sua casa. Precisamos do comprometimento de todos para que não tenhamos novos casos de Dengue, que é séria e pode causar mortes”, reforça Mariana.