
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet) demonstrou insatisfação com algumas nomeações da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-TO) para a função de diretor de escolas estaduais de Araguaína. Segundo o Sintet, a pasta nomeou candidatos eliminados do processo seletivo para preencher cargos em vacância, contrariando o edital, que previa a nomeação de classificados nesses casos.
Os nomes dos diretores escolares nomeados constam na edição do Diário Oficial desta segunda-feira (8). Em nota, a Seduc esclareceu a situação e justificou que a nomeação visou garantir a continuidade das atividades nas escolas temporariamente. (Veja a nota ao final da matéria)
Após a publicação no DOE, a presidente do Sintet Regional de Araguaína, Rosy Franca, frisou ter recebido várias reclamações de professores. Ela considerou “inadmissível” o Estado gastar recursos com um processo seletivo com quatro etapas, para no final nomear candidatos eliminados para o cargo de diretor. “Vamos entrar com uma ação judicial”, adiantou a sindicalista.
Rosy Franca argumentou que o edital considera aprovado o candidato com nota acima de 70 pontos. Já os candidatos com notas entre 60 e 69 pontos seriam classificados. Quem obtivesse nota inferior a 60, seria eliminado automaticamente.
No caso de escolas sem candidato aprovado, o cargo em vacância seria ocupado por um candidato classificado no seletivo.
Ela pontuou que, ao invés de seguir as regras do Edital Unitins/Seduc nº1/2023 de 14/08/2023, a Seduc acabou por fim nomeando candidatos eliminados no seletivo para casos de escolas onde não houve aprovado.
Essa situação, conforme a sindicalista, ocorreu em ao menos cinco escolas de Araguaína. São elas: Colégio Estadual Campos Brasil, Colégio Estadual Manoel Gomes da Cunha, Colégio Estadual Marechal Rondon e na Escola Estadual Alfredo Nasser. A quinta trata-se da Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Sancha Ferreira, cuja candidata foi eliminada na segunda fase.
Para Rosy, o seletivo foi uma “farsa” e ao invés de ocupar o cargo pessoas que passaram no processo, acabou assumindo indicados políticos.
“Finalizou indicando quem não passou na seletiva para ser diretor. E deixando (...) classificados sem ser nomeados.” Concluiu a Rosy, ponderando que a parte sob responsabilidade da Unitins “foi séria”.