
A Polícia Civil prendeu na noite desta sexta-feira (14) um homem de iniciais C.V.B., de 38 anos, investigado por estuprar, ameaçar, agredir e manter em cárcere privado a companheira de 18 anos, em Esperantina. O caso, ocorrido em 9 de janeiro deste ano, foi classificado pela polícia como um episódio de “extrema violência”. O suspeito já possui antecedentes criminais e cumpre pena em regime aberto domiciliar por abigeato (furto de animais).
O crime aconteceu na residência do acusado, localizada na Rua Tancredo Neves, no Centro de Esperantina. Após uma discussão, C.V.B. convenceu a vítima a retornar ao local, onde iniciou uma série de agressões físicas, verbais e psicológicas.
Segundo o relatório da polícia, ele desferiu socos, chutes, tentou enforcá-la e usou uma faca para cortar seus cabelos. Ele também intensificou as violências, ameaçando a vítima de morte com uma espingarda.
A vítima também foi submetida a um ato sexual violento, mesmo após recusa explícita. Durante tentativas de fuga, foi recapturada e mantida sob tortura psicológica durante toda a noite.
Na manhã seguinte, aproveitando um momento de distração do agressor, ela fugiu pela porta dos fundos e buscou ajuda com a irmã. Mesmo perseguindo-a, o agressor não conseguiu impedir a fuga, e a polícia foi acionada.
Com base nas evidências e na gravidade dos fatos, a Justiça deferiu a prisão preventiva do investigado. C.V.B. foi localizado e encaminhado à Unidade Prisional de Augustinópolis. Ele foi indiciado por: cárcere privado qualificado (art. 148, §1º, I, do Código Penal); estupro majorado (art. 213 c/c art. 226, II, do Código Penal); lesão corporal contra mulher em ambiente doméstico (art. 129, §13, do Código Penal); ameaça majorada (art. 147, §1º, do Código Penal); e injúria majorada (art. 140 c/c art. 141, §3º, do Código Penal), todos em concurso material de crimes (art. 69 do Código Penal), observando-se as disposições da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha).
O delegado Jacson Wutke, responsável pelo caso, destacou a brutalidade do episódio: “Houve uma escalada de violência que colocou a vida da vítima em risco por horas. A prisão preventiva foi essencial para evitar a reiteração criminosa”. O delegado reforçou o compromisso da Polícia Civil no combate à violência contra a mulher.
C.V.B. já responde por furto de animais e cumpria pena em regime aberto domiciliar.