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Taxa de desemprego aumenta 12,6% no País; mercado de trabalho vai sofrer mudanças

Especialista em RH aponta que mercado de trabalho terá mudanças marcantes pós-pandemia e que investimentos em capacitação é o melhor caminho para se adaptar

Segundo o IBGE, o aumento do desemprego foi pressionado pelo setor de construção
Foto: Divulgação

A pandemia do Coronavírus (COVID-19) já está causando mudanças significativas no mercado de trabalho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devido à crise da pandemia, a taxa de desemprego chegou a 12,6% no País. De acordo com o Instituto, no primeiro trimestre do ano, aproximadamente 4 milhões de brasileiros estão desempregados.

Com todas as transformações sociais que este período está trazendo, a tendência é que o mercado de trabalho seja ainda mais exigente pós-pandemia. A especialista em RH, Carla Cândido, explicou que este momento é de se investir em capacitação profissional para conquistar uma vaga, quando o mercado se estabilizar novamente.

O fator comportamental para entrevista será crucial, currículo e entrevista nunca serão tão analisados criteriosamente como agora. Um currículo será descartado por uma vírgula. Durante a entrevista, uma frase errada será motivo de desclassificação, porque o quantitativo de pessoas concorrendo será muito grande”, explicou a consultora em recrutamento da Pessoal RH, Carla Cândido.

A especialista esclareceu, também,  que o mercado buscará ainda mais por bons profissionais. “O novo cenário exige capacitação continuada e foco no aprendizado constante. O olhar do empresário está muito mais criterioso e aguçado. Por isso, esse momento é uma grande oportunidade para os profissionais se reciclarem e apostarem em cursos que vão ajudá-los a ter uma melhor performance para  o mercado”, completou.

Evolução da  taxa de desemprego

Segundo o IBGE, o aumento do desemprego foi pressionado pelo setor de construção, que registrou queda de 4,4% (menos 301 mil pessoas), seguido da administração pública (-2,3% ou menos 375 mil pessoas) e pelos serviços domésticos (-2,4% ou menos 156 mil).

Já a taxa de informalidade, trabalhadores sem carteira, empregadores sem CNPJ caiu para 40,6% no trimestre encerrado em fevereiro. No mesmo período em 2019, a taxa foi de 41,1%. O País, no entanto, ainda reúne um total de 38 milhões de trabalhadores informais.