
Profissionais terceirizados que trabalham na UTI do Hospital Regional de Augustinópolis estão com salários atrasados. “E isso não é a primeira vez. Acontece com muita frequência.” Recamou um deles, na condição de anonimato.
Eles foram contratos pela Associação Saúde em Movimento (ASM), responsável pela gestão de leitos de UTI em hospitais estaduais. Entre eles, o Regional de Araguaína e o de Augustinópolis. O colaborador reclamou que a empresa não pagou o salário até esta quarta-feira, 14.
“Sem contar que a gerência não nos dá nenhuma posição do caso. Nem uma data prevista ou sobre o caso do não pagamento. E quando vamos perguntar, só nos tratam com ignorância. Além disso estamos trabalhando sobrecarregados”. Disse, o profissional que preferiu não se identificar por temer represálias.
Ele acrescentou que a UTI possui 10 leitos, em alguns plantões ficam apenas dois técnicos em enfermagem ou apenas um enfermeiro para atender os pacientes. “Ficam sobrecarregados. Isso porque está faltando profissionais.” Revelou o trabalhador, acrescentando que a falta de profissionais vem desde o ano passado.
Segundo o servidor, o ideal seria ter pelo menos cinco técnicos em enfermagem e dois enfermeiros para dar conta da demanda.
“Na falta de profissionais a gente acaba assumindo três ou quatro pacientes, colocando (...) a vida dos pacientes em risco pelo fato de ter isolamento. E a gente está cuidando de paciente com precaução de contato e ter acesso aos demais pacientes que não estão em isolamento”. Reclamou, cobrando uma solução.
O que diz a SES
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que “está com os repasses em dia e já notificou a empresa sobre as reclamações que tem recebido”.
A SES-TO destacou que “os fiscais de contrato já verificaram as unidades e constataram que a assistência aos pacientes segue regular”.
O que diz a ASM
Em nota, a Associação Saúde em Movimento (ASM) não se manifestou sobre o atraso de salário dos colaboradores e se limitou a dizer que trabalha com quantitativo suficiente de profissionais.
“O quadro de pessoal é composto por Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros, além de outros profissionais, em quantitativo suficiente e adequado para atender ao que preleciona a RDC/ANVISA, e suprir a demanda vigente.”