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Tocantins registra redução de 47,6% de focos de queimada no primeiro trimestre de 2025

Boletim da Semarh aponta queda nas ocorrências e destaca medidas de prevenção e monitoramento adotadas pelo Estado.

Redução de 47,6% dos focos é resultado do conjunto de medidas adotadas pelo Tocantins, reunidas no Plano Integrado de Prevenção, Monitoramento e Combate aos Incêndios Florestais.
Foto: Washington Luiz/Governo do Tocantins

O Governo do Tocantins registrou uma redução de 47,6% nos focos de queimadas no primeiro trimestre de 2025. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) publicou nesta quarta-feira, 7, o Boletim Mensal nº 5/2025 do Fogo no Tocantins, que aponta um total acumulado de 205 focos entre janeiro e março deste ano. O número representa quase a metade dos registros do mesmo período de 2024, que contabilizou 391 ocorrências.

O boletim é elaborado pelo Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente do Tocantins (CIGMA-TO), com base nos dados do Monitor do Fogo do MapBiomas.

Apesar da redução no número de focos, a área queimada acumulada cresceu 133,1%, saltando de 3.602 hectares em 2024 para 8.399 hectares em 2025. Entre os municípios mais afetados, destacam-se Ananás (10,24%), Mateiros (6,83%), Ponte Alta do Tocantins (5,85%), Pium (5,37%) e Natividade (4,39%). Do total, 1,77% das ocorrências foram registradas no Bioma Amazônico e 98,23% no Bioma Cerrado.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins, Marcello Lelis, destacou que a queda nos focos é reflexo do conjunto de ações implementadas pelo Estado, agora reunidas no Plano Integrado de Prevenção, Monitoramento e Combate aos Incêndios Florestais. O documento foi elaborado pela Semarh, Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Corpo de Bombeiros, conforme determinação do governador Wanderlei Barbosa.

“O plano visa promover respostas rápidas às ocorrências em todo o território tocantinense, com ações que antecedem o período crítico de queimadas”, afirmou Lelis.

Ele também ressaltou o uso do Manejo Integrado do Fogo (MIF) e da queima controlada como ferramentas de prevenção de desastres ambientais. Segundo o secretário, os sistemas de monitoramento não distinguem entre queimadas legais e ilegais, o que será aprimorado por meio do CIGMA. “Essa diferenciação permitirá avaliar com precisão o tipo de queima e subsidiar o planejamento de ações e gestão de recursos”, disse.

O boletim indica ainda que 76,25% das áreas queimadas estão sob domínio federal, enquanto 23,75% são estaduais. Os municípios com maior extensão afetada foram Mateiros (68,38%), Ponte Alta do Tocantins (8,86%), Aurora do Tocantins (2,83%), Ponte Alta do Bom Jesus (2,16%) e Pium (1,85%).

Nas microrregiões, o Jalapão concentrou 78,90% da área queimada, seguido de Dianópolis (7,65%), Rio Formoso (4,98%), Porto Nacional (2,32%) e Araguaína (2,09%).

O Boletim Mensal do Fogo, publicado pela Semarh, oferece uma análise detalhada das ocorrências por bioma, município, microrregião e domínio, contribuindo para o fortalecimento das políticas públicas de prevenção e combate aos incêndios florestais no Estado.

Monitoramentos atuais não diferenciam queima legal da ilegal, mas o Tocantins avança na separação com apoio do CIGMA.  Foto: Marcel de Paula/Governo do Tocantins