A votação do Ad Referendum da nova diretoria do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Araguaína?IMPAR ? causou polêmica na Câmara na tarde desta segunda-feira, 12. O vereador de oposição, Carlos Silva, assegurou que vai pedir auditoria nas contas do Instituto, que tem a receber do município R$ 104 milhões.
Dois parlamentares, Carlos Silva (PSDC) e Silvano do Picolé (PSC), manifestaram-se contra a nomeação da nova diretoria do Impar, indicada pelo prefeito Ronaldo Dimas (PR). Esta é composta pelo presidente, Carlos Murad; diretor financeiro João Pedro Miranda dos Reis e pelo diretor administrativo Osanan Moura Santos.
Por outro lado, até vereador de oposição, Professor Delan (PSDB), defendeu a provação do Ad Referendum. "Todos possuem qualificação necessária para assumir". Mas, diante do intenso debate, os vereadores ?perderam a noção do tempo? que se esgotou, às 18h, sem ninguém pedir a prorrogação da sessão. Com isso, os trabalhos foram encerrados e a votação adiada.
O vereador Silvano do Picolé, cujas declarações são polêmicas, comparou o Impar ao Igeprev. As declarações foram rebatidas pelo líder o prefeito na Câmara, vereador Aldair da Costa, o Gipão (PR). Carlos Silva fez severas críticas à gestão do Impar, mencionou a dívida que ele classificou como "impagável" de R$ 104 milhões da prefeitura para com o Instituto.
-- Todas as vezes que essas pessoas tiveram aqui, tentaram nos convencer de que os parcelamentos [em 200 vezes] eram bons para o município. Em nenhum momento sequer foi demonstrada preocupação a média e longo prazo, ou as consequências orçamentárias para os servidores. Também não houve defesa dos servidores, e sim do executado. Criticou o parlamentar de oposição.
Por fim, Carlos Silva assegurou que vai pedir auditoria nas contas do Impar. "Pode ter certeza que apresentarei [à Câmara] requerimento de auditoria com relação aos fatos elencados". Garantiu o parlamentar, frisando que R$ 47 milhões da dívida são da gestão de Ronaldo Dimas.
O parcelamento da dívida aconteceu em setembro de 2017, com autorização da Câmara. Na época, em entrevista ao AN, o presidente do Impar, Carlos Murad, disse que o Instituto só faz investimento "rentável" e seguro. Murad também frisou que a saúde financeira do Impar é boa, com base no relatório da Sete Capital, que faz consultoria financeira do Instituto.
-- Houve um crescimento de 117% [ R$ 70 milhões para R$ 153 milhões] desse patrimônio [entre 2013 e 2017]. (...) Então, ele [Impar] tem hoje um superávit grande, quanto a isso. (...) Nosso Instituto nunca fez uma aplicação num fundo podre. Todos os nossos fundos estão no Banco do Brasil, Caixa Econômica, no Itaú. Destacou a rentabilidade das aplicações.
Diretoria indicada por Ronaldo Dimas