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A licença de 11 dias do prefeito de Araguaína (TO), Ronaldo Dimas, por interesses particulares, enquanto foi vista como “uma merecida folga” por vereadores de sua base na Câmara, a oposição classificou como uma falta de respeito com a população araguainense. Para a vereadora Silvinia Pires (PT), seria aceitável se a licença do prefeito fosse por motivos de saúde, porém, licença por interesses particulares, enquanto a cidade vive caos na saúde, segurança pública e infraestrutura urbana, é uma falta de respeito. “Estamos desprovidos de uma administração que havia se colocado à disposição da população”, criticou Silvinia.

Dimas permanecerá licenciado do cargo até o dia 10 de fevereiro, sem remuneração. Segundo informações dos bastidores, o prefeito teria viajado com a família para Buenos Aires (Argentina). Outras informações dão conta que Dimas estaria em Brasília articulando a presidência do PR com a Executiva Nacional. A Assessoria da Prefeitura não confirmou as versões.  

Durante a posse do vice-prefeito Fraudineis Fiomare, no último dia 30, a vereadora petista criticou a administração Dimas afirmando que “até agora não disse a que veio”. Segundo a parlamentar, a cidade ainda está um caos, com obras tímidas, e com graves problemas nas áreas da saúde, educação e infraestrutura urbana.

Saúde

A vereadora conta que esteve em busca de atendimento em algumas unidades de saúde do município e constatou o descaso. “Há dois meses a máquina de ultrassonagrafia estava sem funcionar no Ambulatório Municipal e o secretário [Rubens Neves] não sabia. No postinho do Bairro São João não tinha anestésico para fazer procedimentos básicos como uma extração de dente”, relatou.

Já no Posto do setor Alto Bonito faltava soro de 200 ml. A vereadora conta que há duas semanas buscou a unidade de saúde para fazer uma consulta, mas foi informada que a médica estava viajando. “Isso aconteceu comigo, agora imagina um cidadão que não tem muitas informações dos seus direitos”, relatou.

Silvinia afirmou ainda que é uma disparidade muito grande faltarem materiais básicos nos postos de saúde, enquanto o gestor gasta recursos públicos com aluguéis caríssimos e compra de grama que ninguém sabe onde foi plantada. 

Educação

A petista, que também é professa e está atuando em sala de aula pela manhã, contou que as escolas do Município estão em situação precária. “Estão com cara de escolas abandonadas. Faltam pinturas e o material trabalho é precário. O próprio professor tem que comprar seu material se quiser ministrar uma aula diferenciada. As gramas que o prefeito comprou poderiam ter sido utilizadas para melhorar o pátio das escolas, mas não foi”, finalizou Silvinia Pires.