Wanderlei disse que sua relação com Carlesse estava arranhada devido a forma como foi tratado na vice-governadoria.
Foto: Gov. TO

O governador em exercício Wanderlei Barbosa (sem partido) disse que sua relação com o titular do cargo, Mauro Carlesse (PSL), está “arranhada” e que estuda a possibilidade de convocar mais 600 aprovados no concurso da PM-TO. 

As declarações foram dadas nesta segunda-feira (8), em entrevista ao Bom Dia Tocantins, da TV Anhanguera.  Wanderlei ressaltou que o último concurso da PM ofertou 1 mil vagas, mas lembrou que há carência de militares em alguns municípios do estado. 

"Nós queremos que esse policiamento seja reforçado de fato nas ruas. E que tenha policiamento em todos os municípios do Tocantins. (....) Precisamos de pelo menos mais uns 600 homens nas ruas para dar essa segurança". Considerou Wanderlei Barbosa. 

Ele também comentou sobre a possibilidade de Carlesse conseguir uma liminar e retornar ao cargo de imediato. "Isso depende muito da Justiça [a permanência] nós sabemos das coisas que estão acontecendo após abertura de alguns inquéritos, mas sabemos que uma liminar pode fazer essa modificação".

Wanderlei frisou que enquanto estiver no governo, vai priorizar o trabalho que tenha retorno com a população. Também revelou que a relação com Carlesse já estava desgastada.

“A minha relação com o governador afastado, eu acredito que ela esteja totalmente arranhada devido à maneira que fui tratado no exercício da vice-governadoria". Comentou. 

Em recente entrevista ao AF Notícias, Wanderlei disse que se sentia excluído do Governo de Carlesse e citou algumas razões que evidenciam isso. Disse que, “Infelizmente, tiraram a voz dele nos ambientes em que (Carlesse) estava. E sempre representei o governo, dando a devida importância para o governo. Ele (Carlesse) não queria mais que eu nem falasse junto com ele. Isso foi fazendo com que a gente se afastasse”.

Além disso, Wanderlei argumentou que não era a preferência de Carlesse para disputar a eleição de 2022.  Argumentou que isso “ficou muito claro” quando Carlesse sinalizou que disputaria o Governo na próxima eleição ou indicaria um “nome técnico”. 

"Então isso já me excluía. Eu não gosto de excluir ninguém, mas também não gosto de ser excluído. Depois desses comportamentos todos comigo, eu resolvi que vou trilhar caminho diferente daquilo que ele ou o grupo político dele pensa". Justificou.