
Além de lidar com a perda de Francisca Romana Chaves, a primeira morte da Covid-19 no Tocantins, a família também teve de enfrentar uma série de notícias falsas sobre o falecimento.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (16), a família de Dona Romana, como era conhecida, desmentiu boatos e pediu respeito pela memória dela.
Um dos boatos chegou a mencionar que Romana não teria falecido em decorrência de complicações da covid. Outro noticiava falsamente que a morte ocorreu por uma série de erros médicos.
Sobre os boatos de negligência, a nota esclarece que a equipe médica "não mediu esforços no tratamento da saúde e tentativa de recuperação de sua vida". Inclusive na última vez em que Romana conversou por videochamada com a filha, disse que confiava na equipe que a assistia.
"Infelizmente veículos de comunicação e mídias sociais vêm tentando distorcer os fatos. Só temos a agradecer aos profissionais que ali estiveram a frente com muita dedicação”. Cita trecho da nota.
A família criticou a conotação política dada ao caso e esclareceu. "Não conhecemos a senhora prefeita, mas o que podemos dizer é que ela nos forneceu um grande apoio em um momento importante, e somos gratos por isso”.
Por fim, a família se dispôs auxiliar com informações corretas e a ajudar famílias que vierem a passar pela mesma situação.
"No mais, o momento emocional nosso é de particularidade da dor que sentimos, e pedimos que seja respeitado”.
Sobre a vítima
Romana era funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas e tinha 47 anos. Ela estava internada desde o dia 18 de março na UTI de um hospital particular.
Conforme notas da prefeitura, ela tinha hipertensão e há vários dias o quadro de saúde dela era considerado grave. Ela faleceu na noite da última terça-feira (14).
O enterro ocorreu nesta quarta-feira (15), sem público, como é regra neste tipo de caso. Os funcionários da funerária e do cemitério usaram equipamentos de proteção e o caixão estava fechado.
Confira a nota na íntegra