O segundo sargento da Polícia Militar (PM) Joemil Miranda da Cunha, de 36 anos, é um dos presos na operação Clandestino, deflagrada pela Polícia Civil (PC) nesta quarta-feira (3) em Araguaína. As informações foram divulgadas pelo portal G1 Tocantins.
O militar é suspeito de participar de um suposto esquema de comércio ilegal de arma de fogo. Além do militar, também são investigados um empresário e um agente administrativo do sistema penal.
Durante a operação, a PC cumpriu mandados em diversos endereços, incluindo clubes de tiros na cidade de Araguaína. Foram apreendido um arsenal com 15 armas de fogo, 100 kg de munições de diversos calibres e 14 pessoas foram conduzidas à Delegacia, sendo que quatro delas ficaram presas.
Entre os presos está o 2º Sargento Joemil. Ele é concursado desde 2006, recebe R$ 10.667,73, atua no 2º BPM de Araguaína e nas redes sociais se diz diretor de ao menos 14 clubes de tiros. Segundo a PC, ele é suspeito de integrar o suposto esquema, mas não informou qual seria a participação dele.
De acordo a investigação, o suposto esquema consistia na comercialização ilegal de armas no mercado paralelo. Para isso, atiradores esportivos compravam armas registradas, vendiam de forma clandestina e depois registravam falsos boletins de ocorrência de furto ou roubo.
O advogado de defesa do sargento, Paulo Roberto, disse que aguarda a conclusão dos trabalhos da polícia para emitir um posicionamento.
"A prisão do sargento para nós é uma incógnita, porque nós precisamos ter conhecimento da infração e tudo está sendo feito de forma sigilosa e assim que baixar o sigilo para a defesa nós vamos informar à imprensa da nossa opinião com relação a essa investigação", disse ao G1 Tocantins,
Nota da PM
A Polícia Militar do Estado do Tocantins informa que foi acionada para acompanhar, durante a manhã desta quarta-feira, 3, por meio da Corregedoria do 2º BPM, as diligências da Operação Clandestino, realizada pela Polícia Civil. Um policial militar, de 36 anos, foi alvo de busca e apreensão. O objeto da ação envolve a comercialização de armas e munições por clubes de tiro e sócios.
A Polícia Militar já adotou as medidas preliminares para apuração interna e está acompanhando o caso. Por fim, reafirma à sociedade seu compromisso com a legalidade e imparcialidade, no exercício de sua nobre função pública.