O atestado de óbito de Mauro Sérgio Rodrigues Alves da Cunha, de 33 anos, aponta uso de álcool como a causa da morte ocorrida nesta quinta-feira (5). Ele estava acolhido há um dia no Centro de Recuperação de Dependentes Químicos de Araguaína e morreu numa represa enquanto tomava banho com colegas internos.

A PM havia divulgado, com base em relato de testemunhas, que Mauro havia morrido afogado numa represa no Centro de Reabilitação. Inclusive, relatou que ele estava tomando banho com outros internos, desapareceu na água e quando foi retirado já estava sem “os sinais vitais”

Já o Atestado de óbito, assinado pelo médico Michel Frank Alves de Oliveira, contraria a versão da PM apenas no que diz respeito à causa da morte. O documento aponta “pancreatite aguda” devido ao uso de álcool.

Sobre as versões

Toda confusão sobre as versões divergentes se deu por causa das circunstâncias da morte.   Em nota, a prefeitura explicou que Mauro Sérgio morreu "após uma crise de pancreatite aguda durante banho no lago do centro."  E que o "acolhido ainda foi socorrido pela Serviço Móvel de Urgência (SAMU/192), mas não resistiu."

O atestado indica que o acolhido morreu em decorrência de bebida alcoólica e não por se afogar.  Isto é, sugere que ele passou mal devido ao álcool, despareceu no lago e morreu. Funcionários do Centro de Reabilitação ainda tentaram reanimá-lo, mas não obtiveram sucesso.

 O Samu, a PM e o Corpo de Bombeiros também estiveram no local.  Como a causa da morte foi apontada como natural, o corpo não foi levado para o IML-Instituto Médico Legal.

Sobre o acolhido

Mauro era araguainense, nascido em 27 de maio de 1986, e trabalhava na expedição de um frigorífico havia oito meses. Ele se ausentou para realizar tratamento de saúde.

O velório está sendo realizado na Pax Social do Brasil, localizada à Rua Santa Cruz, nº 834, no Centro. O sepultamento será no Cemitério São Lázaro, nesta sexta-feira, 6, às 16 horas.