O dia 9 de fevereiro de 2007 era para ser de festa e alegria numa família de Ananás, mas acabou em tragédia. A família celebrava a aprovação no vestibular da jovem Patrícia Santos. No entanto, o pai dela, o pedreiro Adailton Santos Morais (37 anos na época) foi assassinado naquele dia.
Antes mesmo da comemoração, ele acabou sendo morto a tiros. O acusado pelo crime trata-se do agente penitenciário Ueliton Gualberto Pereira. Conforme os autos, em ato de abuso de poder, o réu se apresentou à vítima como policial e lhe deu voz de prisão na madrugada do dia 9 de fevereiro de 2007, próximo a um bar em Ananás.
Como a vítima teria recusado a cumprir a ordem de prisão, o agente teria disparado os tiros contra o pedreiro, que veio a óbito no local. Quinze anos depois, a família ainda luta por Justiça, pois o acusado não foi julgado. Na próxima segunda-feira, 25, o réu vai finalmente vai a Júri Popular em Ananás.
"Tudo que queremos é que a justiça seja feita para que possamos seguir adiante com o coração tranquilo sabendo que quem tirou a vida dele foi condenado. Confiamos em Deus e a justiça dEle não falha jamais!”. Declarou à reportagem, Patrícia Santos, filha da vítima.
Patrícia tornou-se professora e relembrou que a tragédia aconteceu no dia em que a família iria comemorar sua aprovação no vestibular. “Eu jamais vou esquecer aquele dia. Tinha tudo para ser o dia mais feliz da minha vida, eu tinha passado no vestibular e iria realizar o meu sonho e o sonho do meu pai em me ver formada. Mas tiraram isso dele!" Relembrou, lamentando.
"Ele não esteve na minha formatura, não esteve no meu casamento e não pôde conhecer as minhas filhas e isso me deixa com o coração despedaçado pois sempre foi o sonho dele ter netos.Ele não era um bandido, tinha uma esposa que o amava e filhas que dependiam dele. Ele não merecia ter sido morto, principalmente daquele jeito, como se não fosse ninguém, ficou lá no meio da rua coberto com um lençol, assassinado por alguém que deveria proteger". Finalizou.
