Fernando Almeida
Depois de quase seis anos, os acusados de assassinar o pecuarista e tesoureiro do SRA, Ronan Araújo Filho 54 anos na época, serão julgados nesta quinta-feira, 20. O júri popular acontece a partir das 8h00 da manhã, no auditório da OAB, em Araguaína.
Acusados e o crime
Estarão no banco dos réus Manoel da Guia Alves da Silva e Adeuvaldo Bernardes da silva. Os dois são acusados de assassinar Ronan, com dois tiros, no dia 6 de novembro de 2009 numa estrada vicinal no município de Muricilândia, a 70 km de Araguaína.
A suspeita, segundo a família da vítima, é que o crime tenha sido praticado para acobertar um roubo de gado. Isso porque Ronan alugava o pasto da Fazenda Volta Redonda (em Muricilândia), mas o gado estaria sumindo e ele teria descoberto o furto. Os acusados pelo crime trabalhavam na referida fazenda na época, segundo a família.
Família espera por Justiça
Às vésperas do julgamento, que demorou quase seis anos para acontecer, a filha da vítima, Mayra Araújo, relembra que o pai tinha uma boa convivência com todos, não tinha inimizades e espera por Justiça. “Demorou tanto! Espero Justiça, espero um ponto final e que os acusados sejam condenados.”
Sobre a vítima
Ronan Araújo Filho foi um dos idealizadores da Cavalgada de Araguaína e integrante da diretoria do Sindicato Rural de Araguaína por vários anos. Segundo a família da vítima, o acusado Adeuvaldo está preso por outro crime e Manoel responde o processo em liberdade. A reportagem entrou em contato com o advogado dos acusados, Miguel Vinicius Santos, e ele declarou que “Adeuvaldo e Manoel ficaram presos sem prova alguma de que tenham praticado crime contra o fazendeiro Ronan Araújo, um dos poucos homens de bem que existia sobre a terra”.
Santos disse ainda que espera por um julgamento “isento de qualquer influência econômica”. Acrescentou que “a tese de defesa é a de sempre: Negativa de Autoria. O Delegado de Polícia da época falou demais e não produziu uma só linha de prova contra os Pronunciados. Considero que eles [Adeuvaldo e Manoel] foram prejudicados na instrução processual e, agora, no Juri, só subo na Tribuna se seus direitos forem garantidos de forma integral”.
O AN também contatou o advogado assistente de acusação, Paulo Roberto da Silva, e ainda aguarda o retorno da ligação.