Uma ação da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veículos (Derfrva) de Palmas e Araguaína apreendeu dois veículos clonados. Além disso, o advogado Gilson Marinho de Paula foi preso na tarde desta sexta-feira (29), em Araguaína.
Equipe treinadaA ação foi comandada pelos delegados Rossílio Souza Ferreira (Palmas), Bruno Baesa e Amauy Marinho, ambos de Araguaína. Segundo a PC, as equipes são altamente treinadas para detectar veículos adulterados. Inclusive, há clonagens tão sofisticadas que o próprio Detran-Tocantins não consegue identificar.
"A equipe é treinada para identificar esses carros clonados. Identificar se o carro foi adulterado os vidros, o lacre, a etiqueta, o CLV, o chassi. Então a gente olhando o veiculo em si consegue descobrir se é ou não clonado." Ressaltou o delegado Rossílio.
Veículo do empresárioO primeiro veículo clonado foi localizado pela manhã no setor Jardim dos Ipês. Trata-se de caminhonete uma Ford Ranger, de cor branca com placa do estado do Piauí e pertence a um empresário de Araguaína. Apesar de clonada, a PC liberou o proprietário, pois ele conseguiu comprovar que foi enganado ao comprar o carro, que foi financiado.
"Ele [empresário] apresentou uma farta documentação que comprova. Isso é indício de que ele estava de boa fé. O veículo consta na declaração do imposto de renda dele. O licenciamento está em dia. Ele recebe o licenciamento na casa dele." Explicou o delegado Bruno Baesa. O empresário foi liberado e a polícia irá investigar no Inquérito Policial a responsabilidade pela adulteração.
Veículo do advogadoJá na parte da tarde, as equipes se depararam com outro veículo na mesma situação. Um Pálio Wekeend Adventure, que estava parado frente a um escritório de advocacia na Rua das Mangueiras, no centro de Araguaína. "O advogado não conseguiu apresentar nenhuma documentação que evidenciasse que ele teria adquirido o veiculo de boa fé. (...) O advogado está preso em flagrante por receptação." Explicou o delegado Bruno Baesa.
ProcedimentosOs dois veículos apreendidos foram levados para a delegacia. Já o empresário foi liberado e o advogado Gilson Marinho levado para a Delegacia de Plantão. Ele foi ouvido pelo delegado plantonista, que arbitrou fiança de um salário mínimo e foi liberado. O AN não conseguiu contato com o advogado e o espaço está aberto.