Três menores foram baleados durante um tiroteio na noite desta segunda-feira (24), na Feirinha em Araguaína. Os suspeitos são dois agentes penitenciários, de 28 e 34 anos, que acabaram presos pela Polícia Militar momentos depois.
Testemunhas relataram que as vítimas estavam na região da Feirinha, quando dois homens em um carro de cor prata apareceram já atirando. Além disso, uma quarta vítima foi espancada por homens com as mesmas características dos atiradores.
Dois baleados foram socorridos por profissionais do SAMU e do Corpo de Bombeiros. A terceira vítima foi socorrida por terceiros. As informações são de que os tiros atingiram as vítimas no pé, pernas e costas. Segundo a PM, as vítimas são uma criança de 10 anos e dois adolescentes de 14 e 17 anos.
O homem espancado foi encaminhado para a UPA com várias lesões pelo corpo.
Durante diligências, a PM recebeu informações de homens com as mesmas características dos atiradores estariam em um estabelecimento comercial com armas na cintura no Entroncamento.
Ao chegar no local indicado, os militares realizaram buscas e localizaram duas armas com os suspeitos. Eles se apresentaram como agentes penais, sendo um lotado em Araguaína e outro em Palmas. Uma das armas pertence ao próprio agente e outra do Estado.
Eles foram presos e encaminhados para a Central de Flagrantes onde foram ouvidos pelo delegado Bruno Boaventura e autuados por tentativa de homicídio.
“Com as informações da Polícia Militar e também através de testemunhas, pra nós ficou bem claro que eles foram os autores dos disparos, que acabaram lesionando três vítimas. E a gente enquadrou na tentativa de homicídio. Porque uma pessoa que atira contra a outra a esmo, ela está pelo menos, aceitando o risco de morte dessas pessoas”. Explicou o delegado.
O que diz a Seciju
A Secretaria do Estado de Cidadania e Justiça (Seciju), por meio de sua Superintendência de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, informa que tem ciência da ocorrência envolvendo os agentes de execução penal em Araguaína-TO. Todos os fatos serão averiguados em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que irá apurar a eventual responsabilidade dos servidores.
