O pré-candidato ao Governo do Tocantins, Carlos Amastha (PSB), protocolou na Câmara nesta terça-feira (6) um ofício comunicando renúncia do mandato de prefeito da capital Palmas. A solenidade está marcada para o dia 3 de abril deste ano, às 8h45, no Centro Cultural de Palmas. Coincidência ou não, o anúncio da renúncia ocorre no mesmo dia em que uma Operação da Polícia Federal mirou seus adversários.
Amastha deixa o cargo, conforme exige a Lei Eleitoral, para disputar o Governo do Estado. Em seu lugar, assume a vice-prefeita Cinthia Ribeiro, que comandará a prefeitura da capital até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2019.
O ofício, destinado ao presidente da Câmara de Palmas, José do Lago Folha Filho, comunica a decisão do prefeito.
"Após cordiais cumprimentos, venho respeitosamente à presença (...) apresentar e requerer o reconhecimento de minha renúncia a partir do dia três de abril", diz o documento.
Amastha solicita ainda que a sucessão ocorra na mesma solenidade, que está prevista ainda uma prestação de contas dos cinco anos de gestão.
A data escolhida por Amastha para enviar o documento à Câmara, aparenta ser proposital. Pois ocorre um dia após o presidente da Câmara de Araguaína, vereador Marcus Marcelo (PR), se manifestar contra a renúncia de Dimas. Os dois são aliados desde o início da gestão.
Outro episódio que pode ter motivado a antecipação do comunicado foi a intimação da PF para o Governador Marcelo Miranda prestar depoimento na manhã desta terça-feira, 6. O ex-governador Siqueira Campos também foi alvo da Operação.
Tais evidências são visíveis por simples observações no documento. O Ofício, assinado por Amastha, está com a data de amanhã, quarta-feira 7. Entretanto, foi protocolado nesta terça-feira, 6.
Amastha, é colombiano, sendo o primeiro estrangeiro a disputar o Governo do Tocantins. Inclusive, adversários tentaram barrar sua candidatura por meio de uma Proposta de Emenda a Constituição que restringe o cargo de governador apenas a brasileiros nato. A proposta foi apelidada de "PEC Amastha".
Errata: O AN errou ao citar o nome de Marcus Marcelo como Governador. O correto é Marcelo Miranda.