Educação

Após críticas, Prefeitura de Araguaína adia volta às aulas para setembro

Retorno que estava previsto para dia 3 de agosto foi adiado para o início de setembro.

Escolas estavam adaptando os espaços para receber os alunos.
Foto: Marcos Sandes

O retorno das aulas nas creches e escolas municipais de Araguaína, previsto para dia 3 de agosto, foi adiado para o início de setembro. A decisão veio após repercussão negativa e posicionamento contrário emitido pelo Sintet. 

A retomada das aulas no município, suspensas há cinco meses, foi autorizada pelo prefeito Ronaldo Dimas por meio do Decreto 227/20, publicado em 6 de junho. A concretização do retorno da aulas dependia do cumprimento de protocolos de segurança por parte da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). 

No último dia 24 de julho a Semed anunciou ter adotado os protocolos e estipulou para 3 de agosto o retorno das atividades nas escolas e creches da Rede Municipal de Educação. Entretanto, nas redes sociais muitos criticaram a medida e o Sintet chegou a divulgar nota de repúdio. 

O Sindicato que representa os profissionais da educação alertou para o risco de ocorrer surto de covid-19 dentro de uma escola ou creche. Também reclamou da falta de diálogo e defendeu a retomada das aulas presenciais somente quando os casos de covid-19 diminuírem na cidade.

Por enquanto, Araguaína ainda é a cidade mais afetada pela pandemia no estado, com 88 mortes e 6.709 casos, sendo 5.018 já recuperados, conforme boletim divulgado nesta segunda-feira (27). 

Diante disso, a prefeitura recuou e decidiu adiar o retorno das aulas no município, assim como fez o Governo do Estado que pretende voltar em setembro. 
Nesta segunda-feira (27) o Secretário Municipal de Educação, José da Guia, expediu Ofício em que comunica aos diretores das escolas o adiamento das atividades da educação. 

Nas redes sociais, o Sintet elogiou a decisão da Semed em promover o adiamento. "Sensata e sábia decisão do gestor em voltar atrás, isso nos mostra que estamos no caminho certo e que o Secretário José da Guia compreende o momento que estamos enfrentando diante do cenário epidemiológico que o município vive atualmente", disse a presidente Rosy Franca.

Zona rural

O sistema semipresencial nas escolas da zona rural também será alterado nesta terça-feira, passando para atividades totalmente não-presenciais. A alteração foi feita após um realinhamento da Secretaria da Educação com as unidades escolares da zona urbana.
 
O material didático aos alunos do campo será entregue em formato de apostilas impressas para os pais ou responsáveis em todas as unidades que ofertam Educação Infantil e Ensino Fundamental (1ª e 2ª fase). A carga horária dos professores e demais servidores também será reduzida em 50%, assim como nas escolas da zona urbana.