
O pai do ex-governador Marcelo Miranda, José Edmar Brito Miranda (85 anos) deixou a prisão nesta sexta-feira (27), após pagar fiança arbitrada em 200 salários mínimos. Por outro lado, após audiência de custódia, a Justiça Federal manteve a prisão do ex-governador.
Marcelo se encontra preso numa sala de Estado Maior no Quartel do Comando Geral da PM em Palmas. Já o irmão dele, José Edmar Brito Miranda Júnior, está preso numa cela especial na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP).
Os três integrantes da família foram presos nesta quinta-feira (26) pela Polícia Federal. Eles são investigados por comandar um esquema que causou prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos do Tocantins. Segundo a PF, eles são suspeitos de corrupção, peculato, fraudes em licitações e desvios de recursos públicos.
Além da prisão de Marcelo, do irmão e do pai, a decisão do juiz federal João Paulo Abe determinou a quebra do sigilo fiscal e bancários dos três referentes aos últimos 14 anos.
Com isso, o Banco Central (BC) deve enviar no prazo de dez dias relatório sobre a movimentação financeira dos investigados da família Miranda desde o ano de 2005.
Também o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vai informar as movimentações atípicas de empresas e pessoas apontadas como laranjas.
O outro lado
A defesa do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), Brito Miranda e José Edmar Júnior, Jair Alves Pereira afirmou que trabalha para reverter a prisão deles. O advogado deles, Jair Alves Pereira, disse que o processo contra a família Miranda traz fatos “antigos”.
“Estamos trabalhando para resolver. Os fatos são antigos, requentados, que não justificam uma ordem de prisão”, afirmou Jair, que vai impetrar habeas corpus no Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF1).