O Vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho, preso nesta quinta-feira (11), negou ter encomendado a morte do prefeito Dotozim. No entanto, segundo o delegado Leandro Risi, responsável pela investigação, ele dobrou a oferta para o atirador terminar o serviço, assim que o prefeito saísse do hospital.
Em entrevista à TV Anhanguera, Risi disse que a primeira tentativa de assassinato do prefeito Elson Lino de Aguiar, o Dotozim, ocorreu ainda em 2018 e foi encomendada por R$ 4 mil. Na época, os pistoleiros foram contratados em Palmas, mas não chegaram a ir a Novo Acordo.
A segunda tentativa de homicídio ocorrida na quarta-feira foi encomendada por R$ 10 mil reais. "Quando viram que o prefeito não tinha morrido, ele prometeu então R$ 20 mil para que eles voltassem e terminassem a tarefa após ele sair do hospital", disse o delegado.
De acordo com a polícia, com ajuda do empresário Paulo Henrique de Sousa Costa, o vice-prefeito contratou Gustavo Araújo da Silva por R$ 10 mil para matar o prefeito. Gustavo foi encontrado porque já estava sendo monitorado.
A Polícia Civil informou que o planejamento do crime começou há três meses, quando o prefeito e vice se desentenderam por conta da divisão de uma propina de R$ 800 mil.
"Havia um pacto para que fosse repassado alguns valores ilegais. E isso não estava sendo feito pelo atual prefeito. E motivou essa rixa entre os dois", afirmou o delegado Diogo Fonseca.
Em nota, a defesa do prefeito Elson Lino de Aguiar repudiou a acusação de que haveria um esquema de proprina. "O atual prefeito jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante o seu mandato, inclusive, nunca permitiu que se efetivasse qualquer pagamento a fornecedor sem processo licitatório devidamente formalizado", diz a nota.
O advogado disse ainda que a história e a carreira do político são marcadas por muito trabalho e honradez. (Com informações TV Anhanguera)