A ADA --Associação das Pessoas com Deficiência de Araguaína realiza no próximo dia 5 de dezembro a 5ª Caminhada da Pessoa com Deficiência. Segundo a organização, o objetivo é provocar a sociedade a promover e efetivar direitos das pessoas com deficiência na construção e adaptação de espaços públicos e privados que ofereçam mais acessibilidade.

Esse ano a caminhada trás o tema "Acessibilidade, um dia todos podem precisar". Durante o percurso, haverá apresentações teatrais com situações cotidianas das pessoas com deficiência, bem como discursos cobrando do Estado e da sociedade acessibilidade plena e no menor tempo possível.

A caminhada partirá da Praça do Galo, às 8h da manhã, seguindo pela Avenida Cônego João Lima e encerrando na praça São Luiz Orione.

Ao AN o Presidente da ADA, Fábio  Pereira da Silva, explicou que a acessibilidade não se restringe a acessos aos locais e requer mais atenção da sociedade.

"A situação anda a passos lentos, ainda deixa muito a desejar(...)acessibilidade não é só uma rampa de acesso. Acessibilidade é você chegar a um estabelecimento e ter ali um intérprete de línguas pra se comunicar com um surdo, (...) é ter um caixa prioritário rebaixado para um cadeirante ter um atendimento com dignidade".

Ele ressaltou que houve alguns avanços, como a implantação de calçadas acessíveis a cadeirantes em diversos bairros da cidade. Assim como a implantação do CIL- Centro de  Interpretação de Libras e o Centro Dia, que apoia as pessoas com deficiência. "A gente tem que criticar, mas também tem que reconhecer o que já foi feito". Destaca Fábio.

Fábio também enfatizou que a luta é constante. "A gente sabe que existe [acessibilidade] em alguns pontos da cidade, mas é preciso ainda melhorar bastante essa questão. É por isso que a gente realiza essa caminhada todos os anos(...) em prol do nosso objetivo que é ter uma cidade mais acessível.

Na avaliação do presidente da ADA, alguns comerciantes tem entendido a mensagem da caminhada. "No centro da cidade é possível ver que alguns empresários fizeram rampa de acesso".

O presidente acredita que o ponto de partida para que as melhorias sejam feitas em relação à acessibilidade devem ser do Poder Executivo. "O executivo não deveria liberar nenhum projeto que não esteja de acordo com as Normas da ABNT-Associação Brasileira de Normas e Técnicas que fala exatamente como uma construção deve ser na hora de ser construída. Tem que ter rampa, tem que ter banheiro acessível(...) enfim, uma série de questões que essa construção deve ter". Conclui Fábio