Cleber Toledo//Portal CT

Não houve surpresa na votação da bancada do Tocantins. Os parlamentares votaram pouco depois das 19 horas deste domingo, 17. Foram 6 votos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e 2 contra.

Votaram pelo impeachment os deputados Dorinha Seabra (DEM), Carlos Gaguim (PTN), César Halum (PRB), Dulce Miranda (PMDB), Josi Nunes (PMDB) e Lázaro Botelho (PP).

Votaram contra os deputados Vicentinho Alves (PR) e Irajá Abreu (PSD).

O deputado Vicentinho Júnior tinha anunciado que votaria contra o impeachment. Inclusive, o parlamentar foi membro da comissão especial que analisou o pedido de afastamento da presidente Dilma e votou contra o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento da petista.

O voto de Irajá Abreu foi o único mistério até o final porque ele não tinha anunciado sua posição, ainda que fosse tido como voto do governo, por ser filho da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), aliada fiel da presidente Dilma Rosseff. Contudo, ainda havia a expectativa de que ele pudesse surpreender e votar a favor do impeachmet, o que acabou não se confirmando.

Exemplo do PMDB
Ao votar, Vicentinho Júnior usou o mesmo argumento que tinha adiantado ao CT no dia 6, quando afirmou que o PMDB é contraditório. Segundo ele, afirmou o partido é reincidente no Tocantins. "Teve um governador cassado e agora o mesmo governador está sendo julgado por ter tido um avião pego cheio de dinheiro nas últimas eleições”, lembrou Vicentinho Júnior sobre o episódio envolvendo um avião com R$ 500 mil, apreendido em Goiás em 2014, durante a campanha eleitoral e o processo movido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o governador Marcelo Miranda (PMDB).

Uma vaia ao parlamentar se levantou quando ele disse que era muito fácil pregar moralidade ao microfone do plenário. Diante da reação dos partidários do impeachment, Vicentinho avisou que não tinha medo.