O  ex-governador do Tocantins Siqueira Campos (DEM)  e ao atual, Marcelo Miranda (MDB), são alvos da Operação Pontes de Papel, deflagrada na manhã desta terça-feira, 6 pela Polícia Federal.  Além deles, o pai de Marcelo, o ex-secretário de Infraestrutura Brito Miranda.  A organização criminosa, que segundo a PF se instalou no Governo do Tocantins, é suspeita de desviar ao menos R$ 420 milhões.

Siqueira Campos e Marcelo Miranda prestam depoimento à PF nesta manhã. Segundo a Assessoria, o Governador vai colaborar com as investigações.  Brito Miranda, também foi intimado pela PF para prestar depoimento em Palmas.

Segundo a PF, a operação tem por  objetivo investigar fraudes licitatórias, peculatos, corrupções ativas, passivas, crimes contra o sistema financeiro, fraudes na execução de contratos administrativos.  Além da prática de  cartel praticados por Organização Criminosa infiltrada no Governo do Estado do Tocantins.

Cerca de 160 policiais federais cumpriram 59 mandados judiciais, sendo 31 mandados de intimação e 28 mandados de busca e apreensão nos Estados do Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Distrito Federal. Conforme a PF, os valores gastos pelo Estado nas obras investigadas chegaram a R$ 1.4 bilhão s de reais. E  estima-se que foram desviados cerca de 30% dessa quantia. Isto representa a cifras de 420 milhões.

Em nota,   a assessoria do ex-governador Siqueira Campos informou  que ele estará sempre à disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos que forem necessários. "Como homem público ele não se esquiva de responder qualquer questionamento.  Palmas e o Tocantins conhecem as pontes construídas por Siqueira Campos, como as da cidade de Paranã, Lajeado, Barra do Ouro e a ponte da Integração Nacional, ligando Palmas à BR-153 e ao Brasil. "

Frisou ainda que José Wilson Siqueira Campos sempre cumpriu seu dever de Governador ao buscar recursos para investimentos no Estado.  "Mas jamais foi ordenador de despesas, gestor de contrato ou responsável por medições de responsabilidade técnica. Existe farta jurisprudência sobre esse tema. Ainda assim, ele jamais deixará de contribuir e esclarecer o que lhe for possível." afirma nota.

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