"Nenhum Direito a Menos ao se Aposentar", esse é o lema da Fesserto (Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins) e da Força Sindical do Tocantins na campanha contra a proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo governo federal e em tramitação no Congresso Nacional. A campanha colou cartazes em vários pontos estratégicos de palmas, chamando atenção contra a sugestão do governo e pedindo apoio no combate a medida.
A proposta complica, e muito, a vida de quem que se aposentar, exigindo que as pessoas tenham no mínimo 65 anos de idade e 35 anos de contribuição para poder obter o benefício. Além disso, a proposta prevê a possibilidade de redução de benefícios para deficientes, idosos e pensões.
Para o presidente da Fesserto e da Força Sindical-TO, Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), a atual proposta de Reforma de Previdência é perversa e visa punir os trabalhadores por algo que eles não têm culpa. Ele destacou que já se iniciaram as tratativas com os 11 congressistas tocantinenses para que a proposta seja rejeitada ou profundamente modificada quando ela for a Plenário na Câmara e no Senado.
"Temos um Brasil em crise econômica, com a corrupção se alastrando em todas as esferas, e a única solução para economizar e tirar de quem mais precisa. Isso não está certo. Governo, por exemplo, manteve os mais de R$ 224 bilhões deste ano do chamado Bolsa Empresário, enquanto congelou gastos públicos e agora quer tirar direitos nossos", salientou o líder sindical.
Carlão reconhece que o poder público em geral é perdulário e medidas de economia são necessárias, "porém restringir isso ao trabalhador é perversidade". "Claro que a redução de gastos, uma hora ou outra, atinge os mais pobres, mas o que não pode é ela ficar somente nessa camada da população, como está acontecendo agora", destacou.
Carlão ressaltou que os 19 sindicados filiados a Fesserto e os 42 que compõem a Força Sindical-TO concordam com a campanha conjunta contra a Reforma da Previdência.