Apesar da falta de energia que interrompeu o debate promovido pela FAHESA/ITPAC, o segundo confronto entre os candidatos à prefeitura de Araguaína iniciou quente na noite de ontem (27). Provocações, troca de farpas e perguntas de candidatos menos populares revelaram um cenário pouco divulgado da realidade de Araguaína.
O debate foi aberto com apresentação de cada candidato falando o que pretende fazer se eleito.
1ª Ely do Pró-Vida (REDE) ? "Estamos disputando essa campanha com a proposta de cuidar das pessoas. Sabemos que o maior problema de Araguaína é a falta de emprego. Por falta de emprego eles ficam mendigando o que cai na Mesa Brasil. Humanidade na administração de Araguaína." pediu.
2º Mayst (PSOL)? Iniciou a fala com fora Temer e fora Marcelo Miranda. Reiterou que é formado em Geografia e que pretende "construir junto com a sociedade, um projeto participativo. Respeitando o orçamento participativo e todo cidadão araguainense".
3º Charles Pitta (PEN) ? destacou que vem de família pioneira em Araguaína, está na cidade desde 1950. Lembrou de seu passado, das dificuldades e ressaltou que seu partido não aceita "nenhum desses políticos da velha guarda". Sendo esta a "a primeira vez que concorre uma vaga".
4º Ronaldo Dimas (PR) ? lembrou do investimento feito em sua gestão e que "todos veem as mudanças com clareza". Destacou "o que as pessoas não veem" como "aumento de 12 para 22 mil alunos nas salas de aula; aumento de 14 para 41 médicos" e que deixará "mais de 300 km de pavimentação".
5º Paulo Roberto (PPS) ? disse que tem "grande projeto pra segurança pública". Implantará Guarda Municipal e que trará o coronel Silva Neto para comandá-la. Ressaltou que "não é possível acabar com criminalidade sem investir na educação".
6º Valderez ? Chamada pela organização, como não estava presente foi vaiada.
7º Olyntho Neto (PSDB) ? destacou que é formado em Administração pelo próprio ITPAC e que como candidato "disputa contra dois poderes: a gestão municipal na reeleição e o Governo do Estado com uma candidata declarada". Afirmou que luta por uma "gestão diferente. Um novo jeito de fazer política.
Paulo Roberto x DimasApós as apresentações, eles fizeram perguntas entre si e concluíram o 1º bloco. Nas perguntas não faltaram provocações entre os candidatos.
Paulo Roberto, por exemplo, provocou Dimas ao questionar sobre qual "o percentual que é destinado ao município e as empresas que tomam conta dos radares na cidade". Dimas respondeu que "não é pago um percentual. Eles recebem um valor fixo mensal". Na réplica, Paulo Roberto lembrou da denúncia polêmica, estourada na última sexta-feira, de que as empresas responsáveis pelos radares na cidade seriam envolvidas com corrupção.
Na tréplica Dimas respondeu que as situações foram "ocorridas em 2011". "Não venha Dr. Paulo Roberto, com acusações, que são levianas, de estar envolvido com alguma falcatrua" rebateu.
Dimas x ElyNa sequência, Dimas evitou combater com Olyntho e direcionou sua pergunta para a candidata Ely. Como ela havia falado no início das pessoas que passam fome em Araguaína, Dimas questionou Ely se devia ou não ampliar o projeto Compra Direta. Ela reforçou que no início do debate falou sobre os pais e mães desempregados. "Qual é a assistência que o município dá pra quem está desempregado em Araguaína?".
Dimas respondeu que em sua gestão acabou o assistencialismo de políticos, que "hoje quem tá precisando vai na Funanc." E leve até mesmo um talão de energia, por exemplo. Na tréplica, Ely disse que sabe a dor da fome e que por isso hoje não faz dieta.
Ely x Paulo RobertoEly, por sua vez, perguntou a Paulo Roberto: "como será a parceria com o Silva Neto? Ele prende de manhã e tu solta de tarde?". Paulo respondeu que advogados são "imprescindíveis" e alfinetou Ely que para ser prefeita, ela deveria se preparar melhor e ler a Constituição. Na réplica ela disse que está preparada e que "tem muita coisa nessa cidade que eu faço é de costas para não estragar as vistas. O outro ali diz que tá feliz porque salvou 40 vidas. Eu salvei foi 60.241. É uma cidade".
Em sua tréplica, Paulo Roberto defendeu "o advogado não solta ninguém. O promotor dá o parecer. O juiz é quem decide a soltura".
Mayst x OlynthoParte da transmissão foi interrompida, ao retornar Mayst e Olyntho debatiam na tribuna. Após Mayst defender ser uma "alternativa para Araguaína que vai Combater a corrupção", Olyntho aproveitou sua réplica para fazer indireta a Dimas sobre as empresas responsáveis pelos radares: "o senhor homologaria um processo de licitação, onde empresas envolvidas em corrupção, que apareceram no Fantástico, deixaria essas empresas prestarem serviço na nossa cidade?".
Mayst respondeu prontamente que não. Foi dado intervalo e após isso a instituição teve uma queda de energia. Ainda na noite de ontem a organização informou que iria analisar a possibilidade de remarcar o debate para outra data.