Governador interino Mauro Carlesse (PHS) e Vicentinho Alves (PR) vão disputar o segundo turno da eleição suplementar.

Segundo a Coligação de Mauro Carlesse (PHS), o  senador Vicentinho Alves (PR) esperneou, mas até agora não provou que votou a favor da Lei Complementar nº. 135 de 2010 ? Lei da Ficha Limpa.  Disse ainda que ele ainda deve outra explicação aos tocantinenses: porque votou a favor do Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, popularmente conhecida como PEC do Teto dos Gastos Públicos, que limita investimentos do Governo Federal em áreas como saúde e educação, e que impacta na definição do valor salário mínimo pelos próximos 20 anos.

Dos três senadores tocantinenses, Vicentinho e Ataídes Oliveira (PSDB) votaram favorável ao projeto do presidente Michel Temer. A senadora Kátia Abreu (PDT) e outros 15 senadores ? de vários estados ? votaram contra a matéria.

Uma das principais críticas da oposição ao Governo Michel Temer diz respeito ao achatamento do salário mínimo, referência para milhares de trabalhadores tocantinenses. De acordo com o relatório apresentado à comissão especial que analisou a PEC na Câmara dos Deputados, a matéria aprovada prevê que o salário mínimo "deixará de ter aumento real, aquele acima da inflação, se o Governo ultrapassar o limite de despesas, ou seja, gastar mais do que o fixado na lei".

Ainda segundo a oposição, a iniciativa impedirá investimentos públicos, agravará a recessão e prejudicará principalmente os mais pobres, ao diminuir recursos para áreas como educação e saúde. Na época, eles tentaram adiar ou cancelar a votação, mas tiveram seus requerimentos derrotados.

Uma busca na internet, por mais detalhada que seja, não mostra nenhuma explicação de Vicentinho sobre seu apoio irrestrito ao projeto do claudicante presidente Temer, sobretudo em relação à PEC do Teto. Talvez os cargos "dados" pelo presidente ao senador tocantinense no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) ajudem a explicar tamanha lealdade a um governo tão impopular.