Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável social, econômico e financeiro dos catadores de matérias recicláveis e reutilizáveis, o Projeto Lixo e Cidadania está sendo implantado em Araguaína. A primeira ação do projeto foi a realização de um encontro dos catadores que atuam na cidade e fazer o cadastramento dos mesmos.

Cerca de 30 catadores participaram da reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 14, no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS 2), localizado no Araguaína Sul. A partir da presença destes profissionais, foi feito o cadastramento dos catadores para associações e  cooperativas. Após o cadastro, eles e suas famílias terão acesso à capacitação social e profissional, incubação, assessoria técnica e aparelhamento dos empreendimentos econômicos solidários.

A assistente social da empresa Plêiade, Sâmia Gomes, contratada pela Setas, explicou que o cadastro será para identificar o perfil do catador. “O setor que ele realiza os trabalhos, como ele faz isso, e de que forma, faz parte do perfil deles. Assim poderemos diagnosticar e promover ações de qualificação dos mesmos”, explica Sâmia.

A primeira dama do Município, Nil Dimas, participou da reunião e destacou a importância deste projeto para estas pessoas. “O projeto é um apoio aos catadores sem dúvida, pois levaremos capacitação social e profissional para eles e as famílias deles. Com cursos para as crianças, para as mulheres, sem contar que é um avanço no que eles já sabem fazer e nossa cidade mais limpa”, disse.

A catadora Benta Machado, que tem 55 anos, trabalha nessa área há cinco anos. “Eu e meu marido somos catadores. Catei em lixões a céu aberto de Marabá e Rio Maria, hoje eles são proibidos. Conforme as coisas vão mudando, vamos nos adaptando; nós contribuímos muito com a cidade, né? Vou fazer o cadastro hoje”, finalizou Benta.

Lixo e Cidadania

Este projeto é promovido pela Secretaria Estadual do Trabalho e da Assistência Social (Setas) e conta com a parceria do Município. O objetivo do projeto é fazer um diagnóstico da situação real das pessoas que trabalham com este tipo de material na cidade e melhorar as condições de vida e a vulnerabilidade social. A estimativa da Setas é de que cerca de 300 pessoas estejam trabalhando com a reciclagem de material em Araguaína.