Pelo menos 100 voluntários e 15 embarcações foram mobilizados na segunda ação de limpeza do Lago Azul, ocorrida na manhã do último sábado, 16. As equipes, formadas com representantes dos mais de 20 parceiros do projeto “Lago Mais Azul: Eu faço parte!”, percorreram o trecho mais crítico, entre a ponte do Lago Sul e a barragem da Usina do Corujão, onde a maior parte do lixo flutuante fica acumulada. Desta vez, três toneladas (três caçambas e um caminhão) de resíduos foram retirados do lago e levados para o aterro sanitário do município.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Araguaína – ACIARA, coordenadora do projeto junto da Prefeitura, Manoel de Assis Silva, comemorou o engajamento dos voluntários e os resultados de mais esta edição. “Responsabilidade e sustentabilidade são bandeiras que a ACIARA defende e só podemos avançar nestas atividades com a colaboração dos parceiros. Nosso projeto é tornar o Lago Azul um centro de lazer para a comunidade. E graças ao grande esforço de nossos parceiros e dos nossos diretores, principalmente a Juliane Carneiro e o Carlos Júnior, esse é um futuro bem próximo”.
O Ministério Público, por meio da Promotoria do Meio Ambiente, representada pela Drª. Ana Paula Catini, também reforçou o apoio ao projeto. “É uma grande conquista porque o MP referendará e dará todo o suporte para as nossas ações”, completou Manoel.
Lixo
Entre as três toneladas recolhidas, embalagens plásticas e garrafas pets constituíram a maior parte. Mas as equipes também retiraram capacetes, brinquedos, bichos de pelúcia e até um monitor de computador das águas do lago. O diretor de Assuntos Ambientais da ACIARA, Carlos Júnior, foi um dos voluntários que percorreram o lago para recolher o lixo. “É impressionante a quantidade de objetos que encontramos, mas pudemos perceber que está diminuindo. Isso mostra que pouco a pouco a população está voltando a se preocupar com o lago e agindo mais para preservá-lo”, contou.
A também diretora Juliane Carneiro também chama a atenção para a quantidade de lixo encontrado. “Tínhamos a previsão de recolher mais, mas acredito que colhemos os frutos da primeira ação, bastante eficiente, além, claro, da colaboração da população”.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, há também um trabalho intensivo de fiscalização dos afluentes do lago e algumas autuações já estão acontecendo. “Fazemos um trabalho principalmente de educação ambiental junto à população ribeirinha, mas alguns já foram multados. E estas ocorrências estão sendo levadas ao conhecimento do Ministério Público”, informou o secretário Bruno Rangel.
Estrutura
O cadastramento dos voluntários foi uma iniciativa do projeto Lago Mais Azul nesta edição do mutirão para garantir a estrutura das outras ações. “Todos os que colaboraram com barcos, motores, coletes e outros materiais ficarão registrados no sistema. Mas quanto mais voluntários, melhor”, afirmou Juliane. O cadastramento pode ser feito pelo site www.lagomaisazul.araguaina.to.gov.br.
Parceiros
O 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Araguaína também colaborou com soldados e equipamentos na atividade. “É preciso que toda a comunidade abrace esta inciativa e nós estamos à disposição para ajudar nos trabalhos e principalmente para garantir a segurança das equipes”, pontuou o comandante Major Rocha.
Nesta edição, a mutirão contou com o esforço de novos parceiros como a Associação dos Bombeiros Civis, Associação de Moradores do Tecnorte, Associação de Moradores da Beira Lago, Associação de Catadores de Palmeirantes, que fez a doação de 100 mudas nativas, Mané Mudança, Grupo Nosso Lar, Pantera Motos, Campelo e as secretarias municipais da Habitação, Saúde, Captação de Recursos, Infraestrutura, Meio Ambiente e DEMUPE.
O projeto “Lago Mais Azul: eu faço parte!” tem ainda a parceria do Ministério Público Estadual, Companhia Independente da Polícia Rodoviária e Ambiental, Alvorada Energia S.A (Enel), Lions Clube, Rotary Clube, Área de Preservação Permanente das Nascentes, CEM Paulo Freire, Grande Loja Maçônica do Tocantins, Naturatins, Diretoria Regional de Ensino, Ordem dos Advogados do Brasil, Defesa Civil, Odebrecht Ambiental, ONGs Naturativa, Guardiões da Natureza e Ide Livre e Universidade Federal do Tocantins.
