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Cerimonialista critica proibição de eventos em Araguaína:"grande erro é não olhar cada caso"

Profissional relata que outros setores funcionam com restrições, já o ramo de cerimonial foi proibido de fazer eventos.

Cerimonalista araguainense questiona restrições que impedem eventos organizados na cidade.
Foto: Reprodução

Em lágrimas e com a voz embargada, uma cerimonialista desabafou sobre as medidas restritivas impostas pelo município de Araguaína. O vídeo foi gravado por Elizangela durante a tarde e divulgado nas redes sociais na noite desta terça-feira (8).

A cerimonialista explica que fez a gravação logo após sair do Demupe, pois tinha ido cheia de “esperança” tentar resolver “algumas coisas” para retornar ao seu trabalho. Contudo, conforme o relato, deixou o local sem resolver nada e fez o desabafo. “Eu tô muito triste, muito, muito.”

Elizangela ressaltou que antes da pandemia já havia agendado vários eventos, como casamentos, inclusive, alguns clientes já pagaram. Agora ela não consegue entregar o que foi firmado em contrato e questiona as duras restrições no ramo de eventos.

Cidade com decreto mal elaborado, onde a gente não entende certas coisas. Por que essa classe [de cerimonialista] paga um preço tão alto? Onde os sonhos dos nossos clientes não podem ser realizados, concretizados. Questionou a profissional.

Relatou sofrer pressão psicológica muitas das vezes por ficar ansiosa e que há noivos que aguardam há mais de um ano a liberação para realizar cerimônia de casamento. Elizangela se diz revoltada pelo fato de algumas atividades serem liberadas e o ramo cerimonial pagar o preço.

O grande erro é não olhar caso, por caso. É saber que tudo merece atenção. Nós precisamos trabalhar. Nós precisamos continuar nossas vidas. Os nossos clientes também passam por penalidades. (...) Por que somente nós carregamos esse peso?

Um bar pode ser aberto, colocar mesa e mesa. Nós não podemos fazer um evento com protocolos? Gente, tá errado! Pelo amor de Deus, alguém tem que nos ouvir. (...) Isso é injusto. (...) Nós temos o direito de trabalhar, de sustentar a nossa família. Nós estamos pagando um preço que não é nosso. Reclama.

Elizangela pediu às autoridades que “olhem” pela classe e argumentou que o evento pode ser organizado com os devidos protocolos de segurança para evitar contágio da covid. “Parar não pode.”

Vocês estão desmoronando pessoas. Vocês estão causando males que jamais serão reconsiderados. (...) Estou sem respostas para os meus clientes. Pessoas que estão ali há um ano, pagando, sonhando, planejando. ‘Ahh!! Mas a Elizangela tá pensando em festa’. Não! Eu estou pensando realizar um sonho. Defendeu, complementando.

Não é porque o momento que estamos vivendo não seja o momento certo de sonhar. É sim. É momento do povo farrear, estar em buteco, estar na rua, viajando. E por que não realizar um casamento? Me explica! Eu gostaria muito de entender certas coisas na minha cidade. Desabafou, dizendo estar revoltada.