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Com aumento de vírus respiratórios, Saúde de Araguaína pede que população redobre cuidados

Circulação de Influenza A cresce no período chuvoso. Saúde destaca importância da vacinação e das medidas preventivas, especialmente para crianças pequenas.

A campanha de vacinação contra a Influenza segue ativa em Araguaína até 28 de fevereiro de 2026, dirigida aos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.
Foto: Thiago Santos/SECOM

A Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, publicou um alerta epidemiológico após identificar aumento significativo na circulação de vírus respiratórios no município. O cenário, típico do período chuvoso, reforça a necessidade de intensificar cuidados e atenção às populações mais vulneráveis.

Os dados são do setor de Vigilância Epidemiológica/CIEVS, com base nas análises do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), que monitora exames realizados entre 1º de janeiro e 9 de dezembro de 2025.

Rinovírus segue predominante, mas Influenza A apresenta crescimento

O levantamento aponta que, em 2025, os vírus mais detectados foram Rinovírus, Adenovírus e Influenza A.
Em outubro, o Rinovírus representou 44,1% dos exames positivos, seguido por Adenovírus (15,8%) e Influenza A (13,2%). Já em novembro, embora o Rinovírus permanecesse predominante, o Influenza A apresentou crescimento, passando a corresponder a 18,5% dos casos.

Esse comportamento é considerado esperado para o período chuvoso, quando a circulação do vírus influenza tende a se intensificar, aumentando o risco de quadros graves, especialmente entre grupos vulneráveis.

Crianças pequenas concentram a maior parte das infecções

Grande parte das coletas analisadas ocorre em serviços pediátricos da rede pública, o que explica o maior volume de registros entre crianças.

A faixa etária de 0 a 9 anos concentra a maior quantidade de exames detectáveis, sendo que crianças de 0 a 2 anos representam mais da metade das confirmações.

Entre outubro e novembro de 2024, foram registrados 2.524 atendimentos de crianças com síndromes respiratórias. No mesmo período de 2025, o número subiu para 3.117 atendimentos, um aumento de 23,5% na procura por assistência devido a doenças respiratórias.

A Vigilância reforça que bebês e crianças pequenas possuem sistema imunológico em desenvolvimento, o que aumenta a suscetibilidade a complicações como pneumonia e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Período chuvoso intensifica risco de agravamento

Embora muitos quadros respiratórios sejam autolimitados, há risco de evolução para formas graves em:

  • crianças menores de cinco anos

  • idosos

  • gestantes e puérperas

  • pessoas com comorbidades

  • imunossuprimidos

Nesses grupos, infecções como gripe podem exigir internação e aumentar o risco de óbito.

Vacinação contra Influenza segue até fevereiro de 2026

A campanha de vacinação contra a Influenza segue ativa até 28 de fevereiro de 2026, voltada aos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

A diretora de Imunização, Samilla Braga, reforça:

“A vacina contra a influenza protege não apenas quem recebe a dose, mas também quem está ao redor, especialmente os grupos de risco. É uma medida simples, segura e essencial para evitar complicações e hospitalizações. Não deixe de procurar sua UBS e se vacinar.”

A vacinação está disponível em todas as UBS e exige apresentação do CPF, cartão de vacina e comprovação do grupo prioritário.

Vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

A Secretaria também destaca a importância da vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias agudas graves em bebês — como bronquiolite e pneumonia.

A imunização está disponível em todas as UBS e é destinada a gestantes a partir da 28ª semana, sem restrição de idade. A proteção é transferida da mãe para o bebê, garantindo defesa nos primeiros meses de vida.

Para receber a dose, a gestante deve procurar a UBS mais próxima com cartão de vacinação e Caderneta da Gestante. A meta do município é imunizar 80% do público-alvo durante todo o período de campanha, iniciado em 9 de dezembro.

Diagnóstico precoce ajuda na prevenção e no tratamento

A Secretaria orienta que, ao surgirem sintomas como febre, tosse persistente ou dificuldade para respirar, a população procure atendimento médico. O teste RT-PCR é fundamental para identificar o vírus e orientar o tratamento nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

Samilla reforça:

“Prevenir sempre será a melhor escolha. A vacinação, aliada aos cuidados diários e ao diagnóstico precoce, faz toda a diferença para proteger a nossa população.”

Em casos de risco, o uso de antivirais contra Influenza deve ser iniciado preferencialmente nas primeiras 48 horas, com orientação médica.