O Ministério da Educação (MEC) cortou 42% dos recursos destinados à UFT, a maior universidade pública do Tocantins, com sete câmpus. O percentual representa R$ 18 milhões a menos de verbas destinada ao custeio das despesas da Instituição.
Em comunicado nesta quarta-feira (8), a UFT disse que o bloqueio impacta negativamente a universidade e divulgou as áreas que serão afetadas de imediato com o contingenciamento "imposto".
A Universidade Federal informou que serão tomadas medidas de contenção de gastos para tentar reduzir o impacto gerado no orçamento. Uma das medidas será a suspensão temporária, por 90 dias, da emissão de editais para concessão de bolsas (tanto da pesquisa quanto da extensão). Além do contingenciamento de diárias e passagens para toda a Universidade.
No caso específico da UFT, o impacto no orçamento foi da ordem de 42%, que representa cerca de R$ 18 milhões. "O que se traduz, em termos práticos, a uma redução de nossa capacidade para pagamentos das despesas correntes (contas de água, energia, manutenção e segurança, por exemplo) para os próximos dois meses, apenas." Informou a Universidade.
A Universidade adiantou ainda que está estudando outras medidas tanto para captação de mais recursos quanto para gerar economia nos itens que compõem o volume de recursos destinados para custeio - despesas correntes.
"Todas as medidas serão anunciadas em reuniões que ocorrerão em todos os câmpus, abertas a toda a comunidade universitária (professores, técnicos, estudantes) e comunidade externa para a transparente explicação acerca da situação atual do orçamento da Universidade e também visando traçarmos soluções e medidas para minorar o impacto orçamentário gerado a partir do contingenciamento dos recursos". Diz o comunicado.
Segundo o comunicado, a UFT já vinha implementando medidas de melhoria nas práticas de gestão e modernização de processos relacionadas às despesas de custeio, com redução de gastos em segurança e limpeza (terceirizados), objetivando uma gestão mais eficiente e equilibrada.
Também deu início à implantação de uma usina fotovoltaica, para geração de energia elétrica a partir da energia solar, visando a economia e redução da despesa de custeio neste ponto.
O atual contingenciamento dos recursos atinge mais profundamente a estrutura universitária em questões básicas, podendo inclusive inviabilizar o pagamento das despesas correntes, como já citado acima.
Por fim, a Universidade espera uma reversão no contingenciamento dos recursos, sob risco de asfixiamento e interrupção das atividades, tendo em vista a impossibilidade financeira para honrarmos os compromissos demandados pelas despesas correntes.