Vereador Marcus Marcelo, presidente da Câmara, destaca ações no ano de 2017.

Com a proximidade das convenções em que os partidos escolhem seus candidatos, o cenário eleitoral começa a tomar forma em Araguaína. Em relação ao pré-candidato Marcus Marcelo, até então no grupo de Dimas, ele tem duas escolhas: ser vice de Wagner Rodrigues (SD) ou embarcar na locomotiva de Jorge Frederico, que encabeçará o projeto da oposição.

Embora Dimas tenha dito que vai anunciar a decisão só no dia 10 de setembro, até o incrédulo Tomé tem certeza de que Wagner Rodrigues já foi escolhido. Nos bastidores, acredita-se que o pré-candidato Elenil da Penha (MDB) deve deixar o grupo de Dimas para somar forças ao colega de partido e de mandato, Jorge Frederico.

Já Marcus, que reflete sobre qual decisão tomar, tem espaço nos dois lados.  O grupo de Dimas não quer perder um aliado de peso, logo para o adversário e às vésperas do processo eleitoral.  Mas, por outro lado, há no grupo aqueles que rejeitam o nome de Marcus e até torcem para o fracasso político do ex-presidente da Câmara.

Neste clima, se ficar no grupo, Marcus terá que enfrentar fogo amigo ao longo do processo eleitoral. Em caso de vitória do grupo na condição de vice, ele pode ficar engessado, sem espaço na gestão e como diz por aí: vai para a geladeira. Isto é, ser um vice decorativo.

Outros, no entanto, acreditam que Marcus receberá o perdão dos oponentes internos do grupo e terá amplo espaço. Além disso, tem a possibilidade de chegar à Assembleia, com apoio de Dimas, que pretende ser governador em 2022.

Neste sentido, como diria alguns ‘dimistas’, o nome de Marcus ficaria na lista daqueles que contribuíram para a transformação de Araguaína.  E o vereador pegaria mais embalo para alçar voos mais altos no cenário político.

Marcus também avalia a possibilidade de deixar a sombra do chapéu de Dimas e embarcar na locomotiva de Jorge. Neste cenário, ele pode ter espaço num eventual mandato do MDB, pois a locomotiva ainda está vazia.

Neste momento de construção, é vantajoso para a oposição receber o apoio de Marcus por dois motivos. Primeiro, por ser alguém de credibilidade, com perfil moderado, com popularidade e votos.  Em segundo, por Marcus ser neste contexto uma espécie de ‘desertor’ do grupo de Dimas somar forças ao projeto da oposição.

Outra possibilidade é se Jorge ganhar em Araguaína e o 1º suplente da coligação (PSB / PSDB / PR / PODE / MDB / PSC)  Gutierres Torquato (PSB) for vitorioso em Gurupi,  o 2º suplente Marcus assumiria uma vaga na AL de imediato. Neste cenário ele poderia disputar a reeleição para deputado com mais tranquilidade, em 2022, pois o titular do mandato, no caso Jorge, não entraria na corrida.

São duas opções para Marcus escolher. Cada uma envolve possibilidades, mas perdas também. E ele não pode errar na escolha e nem tardar em decidir, pois o tempo passa depressa. A decisão precisa ser tomada na hora certa, pois se tardar, deixa de ser importante no processo e corre risco de ficar sem espaço em ambos os lados. Quem demora escolher hoje, amanhã passa a ser escolhido.