
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que, até a manhã desta sexta-feira (08), o Tocantins notificou 47 casos de sarampo. A distribuição dos casos é a seguinte: 21 em Campos Lindos, 16 em Palmas, três em Porto Nacional, três em Araguaína, e um caso em cada um dos municípios de Nova Olinda, Gurupi, Filadélfia e Carmolândia.
Dos 47 casos, 17 foram confirmados em Campos Lindos, 20 descartados (sendo três em Porto Nacional, 12 em Palmas, três em Araguaína, um em Filadélfia e um em Carmolândia) e 10 seguem em investigação.
Todos os pacientes apresentam histórico de contato com pessoas que estiveram em viagens para países onde o vírus circula, não foram vacinados, manifestaram sintomas clássicos e estão em cuidados domiciliares.
Desde 19 de julho, a SES-TO mantém profissionais de vigilância em saúde no município de Campos Lindos para realizar ações de contenção, como orientações de isolamento e vacinação dos contatos das pessoas confirmadas. Além disso, a secretaria enviou notas técnicas para os 139 municípios do estado, orientando as áreas de vigilância e imunização. De julho a agosto de 2025, foram aplicadas quase oito mil doses da vacina contra o sarampo.
Todas as 323 salas de vacinação do Tocantins estão abastecidas com imunizantes. O Estado realizará o Dia D de Vacinação contra o sarampo no próximo sábado (09), com expectativa de adesão dos 139 municípios.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus altamente transmissível pelo ar, seja ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O período de incubação varia de 7 a 14 dias. A transmissão pode ocorrer desde seis dias antes até quatro dias após o aparecimento dos sintomas, que incluem febre alta, manchas avermelhadas, tosse, coriza e conjuntivite. A doença pode levar a complicações graves, como pneumonia, encefalite e até óbito.
Prevenção
A vacina contra o sarampo está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema vacinal recomendado é:
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Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral.
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Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela).
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Crianças de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se já vacinadas aos 12 meses.
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Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, caso sem histórico vacinal ou esquema incompleto.
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Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral.
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Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.
Além da vacinação, o isolamento da pessoa infectada é fundamental para evitar a transmissão. Recomenda-se que o paciente evite ir ao trabalho ou escola por pelo menos quatro dias após o início do exantema (manchas na pele) e evite contato com grupos vulneráveis, como crianças pequenas e gestantes.
Outras medidas importantes incluem limpeza regular de superfícies, uso de lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, e distanciamento social em locais de atendimento.
Tratamento
Não há tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos disponíveis são voltados para o alívio dos sintomas. A SES-TO orienta que, ao apresentar sintomas, a pessoa procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo para avaliação e prescrição médica adequada.