O empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, investigado pela operação Acrônimo da Polícia Federal, afirmou ter pago propina para o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM).

Segundo a Coluna do Estadão desse domingo, 5, o pagamento teria ocorrido em 2012, quando Eduardo Siqueira era secretário de Relações Institucionais do governo do pai, Siqueira Campos (ex-PSDB), e seria referente a um contrato para confeccionar cartilhas para educação no trânsito.

De acordo com o jornal paulista, a propina de R$ 600 mil teria sido entregue a dois funcionários do governo à época. Do total, R$ 450 mil teriam sido divididos entre Eduardo Siqueira e um diretor do Detran.

Bené foi preso pela PF no dia 15 de abril, na investigação sobre suposto desvio de dinheiro para a campanha do governador de Minas GErasi, Fernando Pimentel (PT).

Outro lado

Em nota, Eduardo Siqueira afirmou que "cabe somente ao delator esclarecer e nominar o que ele mesmo diz sobre ter pago no ano de 2012, a quem pagou". "Até para que os supostos recebedores possam esclarecer sobre a afirmação e assim descobrirmos se alguém recebeu indevidamente qualquer vantagem e a que título", disse o parlamentar.

Eduardo garantiu que "jamais autorizou qualquer funcionário ou servidor a falar ou tratar sobre qualquer assunto em seu nome, o que restará provado de forma taxativa pela via judicial".

Confira a seguir a íntegra da nota:

"Nota

O deputado Eduardo Siqueira Campos, através de sua Assessoria de Imprensa, esclarece que:

Cabe somente ao delator esclarecer e nominar o que ele mesmo diz sobre ter pago no ano de 2012, a quem pagou, até para que os supostos recebedores possam esclarecer sobre a afirmação e assim descobrirmos se alguém recebeu indevidamente qualquer vantagem e a que título. Estas informações não constam da nota publicada pelo Estadão, que certamente não buscou ouvir o deputado exatamente pela afirmação ser atribuída a ato de terceiros. Uma acusação assim, que ofende a honra de alguém, exige total esclarecimento e apuração e não somente uma afirmação superficial e sem apresentação dos nomes e qualquer prova.

O deputado Eduardo Siqueira Campos jamais autorizou qualquer funcionário ou servidor a falar ou tratar sobre qualquer assunto em seu nome, o que restará provado de forma taxativa pela via judicial".