Fernando Almeida
Em sua primeira visita a Araguaína nesta sexta-feira (14) para a entrega das unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, a presidente Dilma Rousseff assegurou que vai cumprir a meta de entregar as 2,75 milhões de casas no seu Governo. Ela afirmou que os beneficiados não ganham presente e que receber uma delas é um ato de cidadania. Dilma também rebateu as críticas contra o Projeto que ‘nasceram em berço esplêndido’ e criticou o ‘Brasil do passado’ em que ter a casa própria era privilégio de alguns.
Chegada
A presidente chegou no aeroporto de Araguaína às 16h00 num avião da Força Aérea , entrou no veículo oficial e se dirigiu para o Costa Esmeralda sob um esquema de segurança e debaixo de uma chuva fina. No trajeto, havia faixas de protestos pelo fim da corrupção. Antes do discurso, Dilma Rousseff entrou na casa de Antônia Lima de Almeida Faria, uma das beneficiadas, conversou com ela e acenou para os jornalistas.
Durante pronunciamento, a presidente enfatizou que em todo o Brasil já foram entregues 1,58 milhão de casas populares e outras 1,68 milhão de unidades já estão contratadas. Ainda garantiu que vai cumprir meta que de construir as 2,75 milhões casas, pois faltam cerca de 500 mil. “Serão contratadas ainda este ano.”
Crítica ao Brasil do passado
Ainda em pronunciamento, Dilma criticou o que ela chamou de Brasil do passado, em referência ao Governo de Fernando Henrique Cardoso e os anteriores. “Esse Brasil de hoje é bem diferente do Brasil do passado. Aquele Brasil em que a casa própria era privilégio de alguns e hoje é direito de todos.” A presidente também rebateu as críticas ao Minha Casa Minha Vida e disse que as mesmas veem daqueles “que nascerem em berços esplêndidos”.
O ato de cidadania
Rousseff considerou que receber uma casa é um ato de cidadania e lembrou por três vezes que não são dadas. “Mil setecentos e oitenta e oito famílias passam a ter um endereço. É a sensação de que a pessoa conquistou com seus méritos. Essas casas não foram presenteadas pelo Governo. São dos tributos que o povo brasileiro arrecada todos os dias. Estar recebendo essas casas é um ato de cidadania.”
Elogios e Protesto
Já o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, em sua fala elogiou os movimentos sociais e afirmou que Dilma “vai entrar para a História como a presidente que mais construiu casas e mais investiu em saneamento.” Já a plateia com mais de 1800 pessoas aplaudiu Dilma, mas um grupo fez protesto com cartazes de “Abaixo Ditadura do PT”, “Fora Dilma” e “Queremos Saúde.”
O Governador Siqueira Campos levou vaia no início e no final de seu discurso sobre as promessas da Hidrovia Araguaia-Tocantins e o alto valor da energia elétrica. “É interessante mencionar, ainda, que, apesar da significativa contribuição, exportando mais de 87% da energia produzida para atender a demandas pelo país afora, o povo tocantinense tem que arcar com os cursos relativos à maior tarifa de luz, com preço elevadíssimo, de ligação das usinar térmicas que não temos em nosso território,” cobrou o Governador. No entanto, Dilma que fez pronunciamento lido posteriormente não respondeu a Siqueira.
Em evento com Dilma, Siqueira cobra medidas compensatórias para baixar tarifa de energia
Entrega
Na oportunidade foram entregues 1.788 unidades habitacionais. Cinco beneficiados receberam as chaves das mãos das autoridades. As boas vidas foram dadas pelo Prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas e o Governador Siqueira Campos também se fez presente. O presidente da Câmara Marcus Marcelo e a senadora Katia Abreu também estiveram na mesa de autoridades.
Público presente